Barroquinha, cidade tranqüila, com cerca de 14 mil habitantes que vivem da pesca, agricultura, terra de gente hospitaleira, quase todos são parentes entre si, tem o famoso doce de batata de dona Adelaide, o pão crocante de seu Edmundo, a praia de Bitupitá, com seu pôr do sol encantador, o pontal das almas, Barroquinha de tardes de calmaria, todos sentados em suas calçadas falando de todos os assuntos imagináveis ou não, uma típica cidade de interior. Agora me diga leitor do blog, qual a probabilidade de um pai de família exemplar, funcionário público estadual, que arrisca a vida em prol de uma sociedade mais justa, sem violência, protegendo e servindo os habitantes da cidade de Chaval, como cabo da gloriosa Polícia Militar, filho de pessoas decentes e trabalhadoras de Camocim, um cidadão que nunca teve nada contra sua conduta, seja civil ou militar, qual a probabilidade desse cidadão (em um dia de folga do serviço e passeando pela cidade) ser covardemente espancado com chutes, socos, humilhações, xingamentos de todos os tipos, por 13 pessoas, em via pública de Barroquinha, por volta das 21h45m do último sábado em pleno século XXI? Detalhe, o motivo do espancamento covarde e vil, dito pelo chefe dos agressores: “Você escolheu o lado político errado pra votar”. Sou meio curto das idéias, mas entendí que o chefe dos agressores é que decide em quem você deve votar, aliás, ele te dá duas opções, ou vota no candidato dele ou leva sola e é humilhado em praça pública, como forma de castigo e aviso, aos que quiserem usar o sagrado e inviolável direito ao voto livre, sem amarras, sem o medo estampado no rosto e na alma. Com a palavra, as autoridades constituídas desse país chamado Brasil, façam valer o direito de escolher o que falar, por onde andar e em quem votar. Amanhã teremos mais informações a respeito dessa barbárie
Postado por Tadeu Nogueira