sexta-feira, 4 de julho de 2008

SER OU NÃO SER EDUCADOR, EIS A QUESTÃO!

Anísio Teixeira perpetuou a seguinte frase: "Só existirá Democracia no Brasil no dia em que montarem no país a máquina que prepara as democracias. Essa máquina é da escola pública." Gosto de refletir pensamentos que tragam impacto e indagações. Contextualizando a frase de Anísio Teixeira, os educadores podem se sentir feridos, já que estão envolvidos diretamente na busca de mudanças para a melhoria da educação pública de nosso país. Convenhamos que nosso país retrata dois paralelos complexos e contraditórios. De um lado a educação tenta servir como instrumento de equalização social e de outro lado esta mesma educação serve como instrumento de manipulação às classes sociais menos favorecidas. Teoricamente nossa sociedade dita "democrática", gera uma nova sociedade sem qualidade de ensino/aprendizagem e quem afirma isso não sou eu, são os índices de reprovação apresentados em provas nacionais. O sistema educacional em que estamos inseridos está preocupado com uma aprendizagem significativa de feitos, conceitos, procedimentos e atitudes? É objetivo do sistema educacional formar pessoas conscientes ou será a escola a última instância na colaboração desse processo? Quem lê este conteúdo deve pensar que minhas palavras são toscas ou sem justificativa. Ao contrário, estou buscando sim um debate com possibilidades de interpretações, de pensamentos sérios e autênticos. É necessário abandonarmos o pensamento cômodo, de deixarmos de ser meros espectadores e participarmos deste espetáculo, chamado Vida! Refletir é necessário. Mas será que o resultado dessa reflexão estimulará novas aspirações na busca de soluções para o problema ora enfrentado: a Educação? É imprescindível rejeitar a neutralidade e a passividade cômoda de nossa existência. A educação como está deve continuar? Qual o papel de um educador? Ser um agente transformador consciente em sua ação pedagógica ou se condicionar nesse processo dito "democrático"? Sempre me inquietei com a educação de nosso país; não compreendia (em tenra idade) que se o ensino público era tão socializador, integral e transformador; porque meus professores se sacrificavam tanto para seus filhos estudarem em escolas particulares. Não parece contraditório? E cá entre nós, esta realidade mudou? O que na verdade ameaça este tênue "equilíbrio"? Salário? Vocação? Falta de opção? Ficam aqui as indagações que faço aos nobres leitores do blog Camocim online. Vamos tentar descobrir as ameaças do equilíbrio ou desequilíbrio (se existir) de maneira democrática. Carpe Diem!


Postado por Ayla Sousa