E toca a campanha política em Camocim. Ou melhor, a gincana política do partido azul contra o partido amarelo segue a todo vapor e a falta de propostas sérias e realizáveis continua sendo a tônica dos palanques. O Matadouro como sempre é citado, como se isso representasse o fim da carne de moita. Hospital Público e até policlínicas são prometidos como se fosse fácil trazer uma obra dessas pra cá. O Chiclete com Banana e a volta do chatéssimo e fora de moda Camofolia continuam sendo promessas comuns, como se esse grupo baiano famoso e caro estivesse permanentemente a disposição de determinados candidatos. Prometem chiclete, depois passam quatro anos dando “banana” pro povo. Gritos e acusações mútuas, discursos inflamados e sem conteúdo, sem contar com os apoios e adesões de todo tipo de oportunista. Resumindo: até agora só muito barulho e o povo, já acostumado com os candidatos e seus respectivos passados, só esperando a hora da verdade.
Enquanto isso em algum lugar do município, Dr. Fausto o nosso candidato a vereador cheio de dinheiro sai para mais um dia de campanha visitando o eleitorado pobre, claro.
- Vamos meu filho, acorde! O motorista já chegou.
- Peraí mulher! São só dez horas da manhã. Pergunte se ele trouxe as coisas dos eleitores?
E vai a caravana de auxiliares em suas camionetes importadas em busca do voto perdido pelas veredas que margeiam os vilarejos e pequenas comunidades rurais do município:
- Bom dia! Como é o nome desse lugar?
- Aqui é a Flamenga dos Aperreados.
- A Sra. Já tem vereador? Essa questão emblemática é como se você perguntasse: a Sra. já tem geladeira? Mas, será que ela é uma Brastemp?
- Tem não, Dr. Aqui são vinte votos (toda casa tem vinte votos), mas é tudo dividido. Fulano de tal já veio aqui atrás de votos, mas prometeu umas telhas pra gente e até agora nada.
- Anota aí menino: um milheiro de telhas. Tá faltando mais alguma coisa? É só dizer que depois a gente manda lá do comitê. Na saída, sem dar nada ao pobre (nem aquela cestinha básica de lei), antes de anotar o número dos títulos e respectivas seções, ainda dá aquela intimidada no eleitor: essas terras são de quem mesmo? E o coitado ignorante já fica preocupado.
Mais na frente encontra um que já tem vereador e não tem quem faça ele mudar.
- Não se preocupe que se você votar em mim o emprego na escola tá garantido. E o pobre ignorante iludido vota no “doutor”.
E assim caminha a nossa frágil democracia. Pobres e miseráveis analfabetos sendo explorados por todo tipo de candidato. O carroceiro vota num candidato e o jumento vota no outro. Nem as pesquisas oficiais querem dizer nada para os fanáticos. É como se uma pequena parte do povo ficasse anestesiado e com amnésia durante esse período eleitoral e esquecesse tudo que já aconteceu na cidade num passado recente.
Vamos observar o movimento dos candidatos e seguir o conselho do governo federal que pede aos eleitores que investiguem o passado dos candidatos antes de votar. Votando errado, a cidade vai perder quatro anos. Portanto, não se iludam com barulheiras, foguetório e super carreatas. Na hora de votar pense no futuro da sua cidade. O resto é gincana.
Enquanto isso em algum lugar do município, Dr. Fausto o nosso candidato a vereador cheio de dinheiro sai para mais um dia de campanha visitando o eleitorado pobre, claro.
- Vamos meu filho, acorde! O motorista já chegou.
- Peraí mulher! São só dez horas da manhã. Pergunte se ele trouxe as coisas dos eleitores?
E vai a caravana de auxiliares em suas camionetes importadas em busca do voto perdido pelas veredas que margeiam os vilarejos e pequenas comunidades rurais do município:
- Bom dia! Como é o nome desse lugar?
- Aqui é a Flamenga dos Aperreados.
- A Sra. Já tem vereador? Essa questão emblemática é como se você perguntasse: a Sra. já tem geladeira? Mas, será que ela é uma Brastemp?
- Tem não, Dr. Aqui são vinte votos (toda casa tem vinte votos), mas é tudo dividido. Fulano de tal já veio aqui atrás de votos, mas prometeu umas telhas pra gente e até agora nada.
- Anota aí menino: um milheiro de telhas. Tá faltando mais alguma coisa? É só dizer que depois a gente manda lá do comitê. Na saída, sem dar nada ao pobre (nem aquela cestinha básica de lei), antes de anotar o número dos títulos e respectivas seções, ainda dá aquela intimidada no eleitor: essas terras são de quem mesmo? E o coitado ignorante já fica preocupado.
Mais na frente encontra um que já tem vereador e não tem quem faça ele mudar.
- Não se preocupe que se você votar em mim o emprego na escola tá garantido. E o pobre ignorante iludido vota no “doutor”.
E assim caminha a nossa frágil democracia. Pobres e miseráveis analfabetos sendo explorados por todo tipo de candidato. O carroceiro vota num candidato e o jumento vota no outro. Nem as pesquisas oficiais querem dizer nada para os fanáticos. É como se uma pequena parte do povo ficasse anestesiado e com amnésia durante esse período eleitoral e esquecesse tudo que já aconteceu na cidade num passado recente.
Vamos observar o movimento dos candidatos e seguir o conselho do governo federal que pede aos eleitores que investiguem o passado dos candidatos antes de votar. Votando errado, a cidade vai perder quatro anos. Portanto, não se iludam com barulheiras, foguetório e super carreatas. Na hora de votar pense no futuro da sua cidade. O resto é gincana.
Fernando Veras – Publicitário aposentado
fernandoveras2003@yahoo.com.br
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