O bom das regras são as exceções. Nesse caso, falo da liberdade e respeito com que dialogo com alguns raros contatos meus via MSN. São pessoas que sabem debater com serenidade, sem se armar de chavões ou argumentos sem nexo. Hoje tive um desses papos com um contato assim. Inicialmente e, como não poderia deixar de ser, o assunto foi a pesquisa DN/IBOPE sobre as eleições em Camocim. Em 2004, o candidato Chico Vaulino obteve 58,92% dos votos válidos contra 39,53% do candidato Bebeto Aguiar, o que resultou em 17.490 votos para Chico Vaulino, enquanto Bebeto Aguiar ficou com 11.733 votos. Uma diferença de 5.757 – recorde em termos de disputa eleitoral em Camocim. Agora, vamos ao presente. O mesmo candidato que em 2004 obteve 58,92% de votos, hoje aparece na pesquisa com 52%, com margem de erro para mais ou para menos de 6%, segundo metodologia do IBOPE. Já a candidata da oposição, que pertence ao mesmo grupo político de Bebeto Aguiar, saiu dos 39,53% entregues na última eleição para 44% na mesma pesquisa. Diante de tudo isso, vejo que algo mais exato que a própria matemática ocorreu: o prefeito e candidato à reeleição teve uma queda significante de quase 7%, enquanto a candidata Mônica Aguiar subiu quase 6%. Levando-se em conta que o nome de Mônica Aguiar surgiu oficialmente em junho de 2008 na disputa eleitoral e Chico Vaulino era declaradamente candidato à reeleição desde que assumiu, o cenário atual leva aos seguintes questionamentos: o que causou a queda do percentual do prefeito desde a última eleição? O que fez a candidata da oposição subir nas pesquisas, levando-se em conta que ela, e não mais Bebeto Aguiar, seguiu como candidata? E, finalmente, qual das duas cúpulas de campanha deve se preocupar seriamente com esses percentuais? Quem tinha mais e está com menos ou quem tinha menos e está com mais? Agora, fica com vocês o debate. O blog fomenta e o povo comenta, seja aqui, nas esquinas, em família ou como fiz e citei no início. Exerça de forma civilizada e inteligente sua capacidade de discutir assuntos que são inerentes ao seu dia-a-dia e ao futuro de nossa cidade.
Postado por Tadeu Nogueira
