Desde o início da semana, 1.212 quilos de lagosta miúda foram apreendidos em alto-mar, no município de Camocim. A ação fez parte da Operação Impacto Profundo, do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Humanos (Ibama), que desde janeiro deste ano, percorre o litoral da costa oeste do Estado, em busca de irregularidades. De acordo com o chefe de fiscalização do Ibama, Rolfran Cacho Ribeiro, também foram apreendidos cinco barcos pesqueiros, 15 mil metros de rede caçoeira e um compressor. A ação foi garantida por 4 lanchas, 10 fiscais do Instituto e 6 policiais. Antes de dar início à Operação, os fiscais receberam treinamento e foi feito um trabalho de educação ambiental, além de um mapeamento do litoral oeste. Desde janeiro, a Operação Impacto Profundo apreendeu 3.099 quilos de lagosta, 112 mil metros de rede caçoeira, 18 barcos e 6 compressores. Além disso, foram 42 pescadores flagrados pescando ilegalmente, ou porque não tem a licença para pescar ou por utilizarem equipamentos proibidos pela legislação. A pesca só é permitida com a utilização do manzuá. Se condenados, a pena varia de seis meses a um ano de prisão, além do pagamento de multa administrativa, no valor de R$ 20 por cada quilo apreendido.
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Lá vou eu: Eu vivi a época do auge da lagosta em nossa cidade. Hoje, conto para minhas filhas, falo da saída dos barcos (como era linda!). Um espetáculo de fartura. O comércio fervilhava quando se aproximava o dia da partida dos barcos. Os donos de barcos compravam os "ranchos". Era só mercadoria de primeira, cigarros da Souza Cruz e muita picanha. Naquela época, pescador tomava banho de cerveja, tinha carro zero na porta e crédito na praça. Essa é mais uma da cidade do "já teve". Cada vez que vejo isso, a tristeza bate forte. Como diz parte da música que tem tudo a ver com o universo aqui descrito, "só lembranças, só lembranças e nada mais".
Postado por Tadeu Nogueira