Entre os benefícios que os funcionários públicos federais têm à disposição, existe um, em especial, que nenhum servidor deseja receber. Aliás, não o recebem, pelo menos diretamente. Trata-se do auxílio-funeral. Morrer custa caro no Brasil. É preciso providenciar o velório, a capela, o caixão, as flores, o cemitério, a mesa de condolência, o carro para remoção e diversos outros detalhes que, juntos, podem chegar à cifra de R$ 10 mil – às vezes até mais. Algumas urnas funerárias, por exemplo, dependendo do modelo, custam sozinhas milhares de reais. Contudo, as famílias dos servidores públicos conseguem evitar, além do desgaste pela morte de um parente, os custos do enterro. Isso porque os serviços funerais são cobertos pela União até determinado valor. Apenas este ano, em um país com dimensões continentais e com cerca de R$ 1,6 milhão de servidores públicos, entre ativos e inativos, as famílias dos funcionários falecidos receberam auxílio-funeral de aproximadamente R$ 57 milhões. Se contabilizados os últimos sete anos, a conta paga pela União ultrapassa a casa dos R$ 444 milhões (veja tabela). Apenas a título de comparação, o montante representa mais que o dobro do valor aplicado pelo governo federal com o programa de erradicação do trabalho infantil esse ano, R$ 195 milhões. Leia a matéria completa no site Contas Abertas, a reportagem é de Amanda Costa e Leandro Kléber.