O delegado Anastácio Muniz, titular da Delegacia Regional de Polícia Civil de Tianguá, abriu inquérito policial para apurar o duplo homicídio ocorrido no distrito de Guatiguaba, no vizinho Município de Viçosa do Ceará, crime atribuído aos policiais militares que faziam a segurança de uma festa popular. Dois dos três PMs que se envolveram no episódio ficaram feridos.
Segundo o que foi apurado, o confronto aconteceu entre familiares de um homem preso armado. Valdecir de Lima e Silva estaria armado com um revólver quando da abordagem policial. Na hora em que era levado para a viatura, um irmão do rapaz e outros amigos tentaram impedir sua prisão, arremessando pedras contra os policiais militares.
Para se defender, os PMs teriam efetuados vários disparos de pistolas. Os tiros acabaram por atingir Nevaldo Lima de Sousa, 23, irmão do homem que estava armado; e um amigo dele, Antônio Lisboa Ananias, também de 23, que sofreu um tiro na cabeça e morreu na hora, enquanto Nevaldo, atingido no peito, morreu a caminho do hospital.
Valdecir Lima e Silva, confirma em parte a versão apresentada. Ele disse que estava armado, mas a arma que portava era uma faca tipo peixeira.
“Eu estava na festa quando deixei o clube e fui seguido pelos PMs que me abordaram e encontraram a arma. Daí quando eu era levado para a viatura começou a confusão. Fiquei desacordado porque apanhei muito da Polícia”, diz Valdecir, que por motivo de segurança se encontra recolhido na cadeia pública de Viçosa do Ceará.
O duplo homicídio aconteceu entre as barracas de bebidas e comidas típicas instaladas no entorno da praça que fica em frente a Igreja de Nossa Senhora da Conceição, padroeira do distrito. A parede do salão paroquial, uma barraca e um reboque foram furados por balas.
Segundo o major PM Francisco Assis Azevêdo, comandante da 2ª Companhia do 3º BPM, os policiais Iran Ferreira de Melo, José Olívio e José Tupinambá, teriam agido em legítima defesa. Será aberto Inquérito Policial Militar (IPM) e os três PMs estão temporariamente afastados do serviço. Por Wilson Gomes, do DN
Postado por Tadeu Nogueira
