Dentro da tradição hollywoodiana de que “nada se cria, nada se perde, tudo se refilma”, Controle Absoluto é um verdadeiro barril de referências. Sua cena inicial remete a Jogos de Guerra. Prossegue abordando o mesmo tema de A Conversação (que mais tarde seria revisitado em Inimigo do Estado), oferece uma perseguição claramente inspirada em Operação França e termina quase igualzinho a O Homem que Sabia Demais. Cópias? Talvez, se o autor do filme fosse eu ou você, mas, como a produção é de Steven Spielberg, a palavra certa é “referências”. Envolvente e bem dirigida, a trama se centraliza em duas pessoas comuns que, de um minuto para o outro, são jogadas no centro de uma mega intriga internacional que pode culminar numa hecatombe política. Jerry (Shia Labeouf, de Transformers) é um eternamente endividado operador de máquinas copiadoras. Ele trabalha numa loja que se chama Copy Cabana, uma patética tentativa de fazer um trocadilho com Copacabana. E Rachel (Michelle Monaghan, de O Melhor Amigo da Noiva) é uma mulher divorciada que tem problemas com o ex-marido e se esforça ao máximo para cuidar do filho. Gente como a gente. Até o momento em que o minúsculo apartamento de Jerry aparece lotado de pesados armamentos bélicos e Rachel recebe a notícia que seu filho está sendo monitorado e pode ser morto a qualquer instante. Por quê? Por quês? Só vendo o filme para saber.
Postado por Fabiano Veras