NINGUÉM FOI EXCOMUNGADO
Apesar de o arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, ter anunciado a excomunhão dos envolvidos no caso da menina de 9 que fez aborto por ter sido estuprada pelo padrasto , na quinta-feira a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) afirmou que ninguém foi punido pela Igreja. Numa tentativa de minimizar os efeitos das declarações de Dom José Cardoso Sobrinho, a CNBB alegou que o arcebispo apenas teria avisado que a conduta dos envolvidos poderia resultar na excomunhão.
Para a CNBB, a polêmica em torno das declarações do religioso tiram de foco o centro do problema: a violência que a menina vinha sofrendo há três anos dentro de casa.
- Na verdade, o bispo não excomungou ninguém. O bispo anunciou que esse tipo de ato traz consigo, pelas normas católicas, tal possibilidade. Tenho certeza de que Dom José não teria, de forma alguma, a intenção de ferir quem já estava ferido, mas de chamar a atenção justamente para um certo permissivismo que faz com que a vida do nascituro não seja considerada - disse Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB.
- O seu grito e o seu desabafo em torno da excomunhão em nenhum momento se dirigiram às vítimas. Tenho certeza de que Dom José não quis ferir quem já estava ferido - repetiu Dom Dimas Lara Barbosa, secretário da conferência.
Para ele, a intenção do colega era chamar a atenção para a permissividade que levaria as pessoas a desconsiderar a vida de quem ainda está no ventre da mãe.
Dom Dimas disse que a menina, por não ter consciência, e sua mãe, por ter agido "sob pressão", não podem ser excomungadas. Já no caso de médicos que declararam ter intenção de praticar regularmente o aborto, vale a punição da Igreja, segundo o religioso.
No caso do padrasto que vinha abusando da menina e de sua irmã há vários anos, automaticamente ele já estaria "fora da comunidade" por não partilhar dos dogmas da igreja, segundo Dom Dimas.
Na tentativa de reparar o dano à imagem da Igreja, uma semana após as declarações do arcebispo, que chegou a dizer que o estupro é um crime menor que o aborto, a CNBB afirmou que o estupro é um "pecado mortal". O presidente da CNBB explicou que o estupro não é um crime penalizado com a excomunhão, mas que todos têm conhecimento da gravidade do ato.
Para a CNBB, a polêmica em torno das declarações do religioso tiram de foco o centro do problema: a violência que a menina vinha sofrendo há três anos dentro de casa.
- Na verdade, o bispo não excomungou ninguém. O bispo anunciou que esse tipo de ato traz consigo, pelas normas católicas, tal possibilidade. Tenho certeza de que Dom José não teria, de forma alguma, a intenção de ferir quem já estava ferido, mas de chamar a atenção justamente para um certo permissivismo que faz com que a vida do nascituro não seja considerada - disse Dom Geraldo Lyrio Rocha, presidente da CNBB.
- O seu grito e o seu desabafo em torno da excomunhão em nenhum momento se dirigiram às vítimas. Tenho certeza de que Dom José não quis ferir quem já estava ferido - repetiu Dom Dimas Lara Barbosa, secretário da conferência.
Para ele, a intenção do colega era chamar a atenção para a permissividade que levaria as pessoas a desconsiderar a vida de quem ainda está no ventre da mãe.
Dom Dimas disse que a menina, por não ter consciência, e sua mãe, por ter agido "sob pressão", não podem ser excomungadas. Já no caso de médicos que declararam ter intenção de praticar regularmente o aborto, vale a punição da Igreja, segundo o religioso.
No caso do padrasto que vinha abusando da menina e de sua irmã há vários anos, automaticamente ele já estaria "fora da comunidade" por não partilhar dos dogmas da igreja, segundo Dom Dimas.
Na tentativa de reparar o dano à imagem da Igreja, uma semana após as declarações do arcebispo, que chegou a dizer que o estupro é um crime menor que o aborto, a CNBB afirmou que o estupro é um "pecado mortal". O presidente da CNBB explicou que o estupro não é um crime penalizado com a excomunhão, mas que todos têm conhecimento da gravidade do ato.
Fonte: O Globo
Lá vou eu: Eu vivo da mídia há mais de 20 anos, passo praticamente 24 horas entre tv, rádio e internet, tenho somente 38 anos e me atrevo a dizer que Dom José não ficará jamais no anonimato. Com certeza ele marcou a vida dele e será sempre lembrado como exemplo de alguém que perdeu uma grande oportunidade de ficar calado.O recuo da igreja vai refletir em todas as paróquias do país, na missa de domingo, nas homilias, ou seja, o prejuízo para a imagem da igreja vai ser maior do que se pensa.Quero dizer que sou católico não-praticante, creio em Deus e respeito a igreja católica, assim como todos os credos. Sempre fui criticado pela forma radical como vejo certas coisas, pois eu sou da geração do "porquê"( isso desde criança). Tudo que eu via e vejo hoje eu quero saber por que existe, de onde veio, como é feito e assim vai.São exatamente 03:35h da manhã e acabei de ler a entrevista de Dom José Cardoso Sobrinho concedida à revista Veja, edição que só chegará nas bancas de Camocim na segunda-feira, mas disponível na internet a partir dessa madrugada somente para assinantes. A entrevista foi concedida antes da decisão da CNBB, postada acima. Eu decidi disponibilizar para todos os leitores do blog, na íntegra, a entrevista do Bispo. Isso porque gostaria que todos tivessem esse tema para discussão nesse final de semana. Antes, vou publicar o trecho em que a jornalista Juliana Linhares, da Veja, pergunta ao Bispo qual o nome da menina. Veja a resposta:
Juliana Linhares: Qual é o nome dela?
Dom José Cardoso: A menina... Como se chama? (A pergunta é dirigida às cinco pessoas que acompanharam a entrevista a pedido do arcebispo; ninguém sabe responder.)
Clique AQUI e leia a entrevista na íntegra.
Postado por Tadeu Nogueira
Dom José Cardoso: A menina... Como se chama? (A pergunta é dirigida às cinco pessoas que acompanharam a entrevista a pedido do arcebispo; ninguém sabe responder.)
Clique AQUI e leia a entrevista na íntegra.
Postado por Tadeu Nogueira