MADE IN SOBRAL

Sobral continua na liderança dos municípios exportadores do Ceará pelo segundo mês consecutivo. No País, seu desempenho também se destaca. Em fevereiro último, alcançou a 103ª posição no País. Um ano antes, era o 130º. Apesar da subida no ranking nacional e sua manutenção na lista do Estado, as vendas de Sobral para o mercado externo caíram 3,7% no bimestre, frente a igual período do ano passado. Um total de US$ 35,9 milhões negociados neste ano. Os dados foram divulgados ontem pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). O desempenho deve-se ao tipo de produto exportado — o calçado, considerado item de necessidade básica. Enquanto os grandes municípios exportadores perdem destaque no ranking porque têm em sua pauta bens mais sofisticados, de maior valor aquisitivo. A análise é da economista do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece), Eloísa Bezerra, considerando o cenário de crise econômica global. Ela avança nas comparações e cita o exemplo da cidade mineira de Betim, que tem automóveis em sua pauta exportadora. Este município caiu do 40º lugar em fevereiro de 2008 para o 55º um ano depois, quando o valor exportado recuou 50%. “Esses municípios são mais atingidos pela crise, enquanto a indústria do Ceará é formada por itens de consumo básico”, analisa Bezerra. De acordo com ela, uma das empresas calçadista de Sobral, a Grendene, é a maior exportadora do Estado. “Em 2005, a Grendene perdia espaço no mercado internacional por causa da China, mas ampliou seus esforços para reconquistar os clientes e investiu na qualidade do produto”, explica.Entre os principais produtos vendidos, destacam-se os calçados de borracha e de plástico, de material têxtil, obras de ferro ou aço, aparas e outros desperdícios de couros, chapéus e artefatos de palha fina.Com mais de 30 países de destino, os principais compradores são os Estados Unidos, com desembolso de US$ 11,3 milhões, Espanha (2,2 milhões), México (1,5 milhão), Rússia (1,4 milhão), Grécia (1,3 milhão), Paraguai (1,1 milhão) e outros. Fonte: DN

Postado por Tadeu Nogueira