O VELHO LOBO DO MAR(Inácio Santos)
Pescador que era... Nascera bem pertinho do mar e o mar sempre fizera parte de sua vida desde a infância, juventude e agora adulto, o mar continuava a ser o seu melhor amigo. Do mar tirava o seu sustento, o pão de cada dia. Conhecia a fundo esse pedaço de rio (rio Camocim) que adentra ao mar (Oceano Atlântico) formando o belíssimo porto natural onde se incrusta a formosa cidade de Camocim.
Não havia mistérios que ele não soubesse; sabia de cor o fluxo e refluxo das marés – maré cheia, maré de vazante, maré de lua, maré alta, maré baixa, etc. Os vastos manguezais que orlam nosso rio, para ele, não tinham segredos: caranguejos, siris, guaiamuns, guaxinins, garças e a exuberante fauna desse ecossistema faziam parte de seu mundo desde criança. Exímio no manuseio da tarrafa, espinhel, puçá e pesca de linha, tanto no rio como também após a “boca da barra” em alto mar.
Não havia mistérios que ele não soubesse; sabia de cor o fluxo e refluxo das marés – maré cheia, maré de vazante, maré de lua, maré alta, maré baixa, etc. Os vastos manguezais que orlam nosso rio, para ele, não tinham segredos: caranguejos, siris, guaiamuns, guaxinins, garças e a exuberante fauna desse ecossistema faziam parte de seu mundo desde criança. Exímio no manuseio da tarrafa, espinhel, puçá e pesca de linha, tanto no rio como também após a “boca da barra” em alto mar.
Não sabia ler nem escrever, pois nunca atinara para nada que não fosse o mar; ademais aprendera com o pai, desde menino ainda bem pequeno, a viver simplesmente daquilo que retirava do mar, o qual benevolentemente dava-lhe tudo que precisava. Até sua humilde casa era uma tapera de pau-a-pique com enchimento de sapê a poucos metros do mar em cima das dunas do outro lado do rio (hoje, lha do Amor).
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Postado por Tadeu Nogueira
Foto: Arquivo Camocim Online
