sexta-feira, 3 de julho de 2009

GRAPETTE, QUEM TOMA REPETE

Quem nunca tomou grapette? Quem nunca usou um kichute? Quem nunca tomou banho com Phebo? Quem nunca usou água de colônia suíça? Não? Então você perdeu belas e boas recordações. Hoje o mundo está mais moderno e essas recordações me remetem a minha infância e as brincadeiras de ruas: cai no poço, passar o anel, bandeirinha, quipa, esconde-esconde, cola e salva, brincadeiras de roda, onde está o grilo, e como se não bastasse essas brincadeiras, aguardava ansiosa o inverno para brincar de bila, apostando sardinha (o braço ficava em brasa) e tendo como dinheiro as preciosas carteiras de cigarro. Ah! Que maravilhoso era brincar de castanha, brincar de pedra (meus dedos faltavam quebrar na hora do chuveirinho). Os jovens que estiverem lendo este texto pensarão que isso é besteira, mas quem participou dessas brincadeiras, assim como eu, saberão o quão maravilhoso era brincar até 10 da noite, até estarmos exaustos e suados. Minha mãe e minha avó geralmente ficavam por perto com outras mães, torcendo tucum e rindo de nossas “peraltices”.
Hoje as crianças e adolescentes não sabem do que falo, a onda é internet, é ter agendas virtuais, é passar horas e hora no vídeo game ou então trocando paqueras como se troca de roupas ou namorando através dos bate-papos online. Que garota não tinha um “disparate”? Geralmente entregávamos para aquele carinha que a gente era “apaixonada” (ainda guardo um). É para rir mesmo ou quem desejar, pode fechar os olhos e rememorar suas recordações que assim como as minhas, permanecem indeléveis.
Texto de Ayla Sousa
Lá vou eu: Eu usava conga porque meu pé é chato e no kichute ele ficava embalado à vácuo. Quanto a brincar de esconde-esconde, até hoje não entendo porque sempre me encontravam primeiro.
Postado por Tadeu Nogueira às 08:27h