Um certo amigo meu estava no último domingo (12), dia de eleição do Conselho Tutelar, numa casa de tolerência, localizada num bairro bem distante do centro da cidade, bota distante nisso. Ele já estava na oitava cerveja, esquentando as "zurêa", com o couro da testa já grosso e praticamente em negociação fechada com a cocotinha que "alegra" o ambiente.
No momento que ele se preparava para consumar o ato com a tal cocotinha, eis que chega um veículo do nada, tirando tinta do meio-fio. Em seguida desce um cabo eleitoral de um dos "canidatos" ao Conselho, pedindo, aliás, implorando para que o quase feliz do meu amigo fosse até uma seção eleitoral, no centro da cidade, para votar no fulano de tal.
Não deu nem tempo de remarcar o encontro de alcova com a sujeita da casa de tolerãncia, ele já teve que "emburacar " carro adentro, com o motorista saindo em arrancada providencial rumo ao centro da cidade, parando em frente ao local de votação.
Duas horas e meia depois ele garantiu o voto para um dos candidatos ao Conselho. Nesse momento ele achou que tinha feito o melhor, já que o postulante ao cargo era seu amigo e amigo é pra essas coisas. Só que a recíproca não foi nada verdadeira, é que foi só ele perder "o valor" que a realidade bateu à porta. Pense aí que ao sair da seção, não tinha um "velocipi" sequer pra levar ele de volta ao lugar de origem. O carro sumiu, desapareceu, abriu-se o chão, escafedeu-se.
Pra piorar, a bicicleta dele tinha ficado lá, ele só tinha 5 "conto" no bolso e o mototáxi cobrou 3 "real" pela corrida algando que aquilo era o fim do mundo. Depois disso tudo ele fez uma jura afirmando que na próxima eleição pode até ir votar, mas vai levar a chave do carro no "cós".
Ah tá, vocês querem saber quem era o candidato e se foi eleito né? Digo é nada.
Postado por Tadeu Nogueira às 07:00h