Artigo de Luíz Cruz de VasconcelosProfessor e Advogado
Somente quem viaja por via terrestre sabe muito bem o que são as estradas construídas no Brasil. Uma lástima. No livro que publiquei em 2008, com 584 páginas, e o título de "Velhos temas que não morrem", disse eu, em crônica, que, ao construir a estrada, empresa vitoriosa, sobrecarregada com as percentagens pagas, via-se compelida a usar material barato e ruim, tendo ainda que pagar gratificação à fiscalização. Concluída a estrada e sobrevindo as chuvas, surgia a buraqueira, sempre reclamada pela população". E, na mesma crônica, escrevi sobre a "Prodetur/NE II. Implantação Asfáltica da Rodoviária CE 085 Granja-Parazinho. "Em vez de colocarem piçarra como base para o asfalto, colocaram apenas em pequena parte e o restante de material ruim de escavações laterais da estrada que, agora, com o inverno, se encheram d´água, prejudicando o acesso a propriedades limítrofes. E a buraqueira infernal na estrada já está mostrando o que será o futuro dessa estrada asfaltada!".Pois bem, acabo de fazer uma viagem à cidade de Granja e vi a tal estrada Granja-Parazinho, já concluída, sendo refeita em diversos trechos, inclusive até próximo à cidade. Não sei se é o Dert ou a empresa construtora o encarregado dos consertos, mas a gritaria da população, revoltada com a porqueira da estrada que já foi concluída, no trecho Granja-Parazinho, e prossegue rumo a Viçosa do Ceará, na serra da Ibiapaba, é grande, vendo assim mal aplicados os impostos que paga. E, ao que parece, não adianta reclamar. E se pergunta até quando o País segue com a falta de responsabilidade e de vergonha dos que são encarregados de trabalhar com eficiência e honestidade em benefício de todos?Até quando? E veja-se bem, essa estrada está programada para atrair turistas de todas as nacionalidades, para ver as belezas que o Ceará tem a mostrar.Todavia, se uma família turista anda por uma estrada dessa, o que vai dizer para os outros que aqui ainda não vieram? O futuro do Ceará, minha gente, está no turismo. Proporcionaremos, pelo menos, condições para o seu desenvolvimento.
Fonte: DN
Postado por Tadeu Nogueira às 06:51h
