Um dos locais mais procurados por quem visita as praias do município, a Ilha do Amor, está à venda. O anúncio está na internet (AQUI). É preciso pegar a balsa e atravessar o rio Coreaú para chegar à ilha mais romântica de Camocim. Agora, uma polêmica desembarcou na Ilha do Amor: a notícia sobre a venda do lugar que muita gente considera um patrimônio do município. Cartão postal da cidade, a Ilha do Amor tem dono sim. Segundo a Prefeitura, pertence à família Coelho, natural de Camocim. Na internet, o anúncio da venda da ilha destaca os manguezais e dunas e, ainda, a possibilidade da instalação de um parque eólico, e pede mais de R$ 8 milhões pelos quase 9 mil hectares de beleza. De acordo com a Prefeitura de Camocim, a ilha é uma área de proteção ambiental, e por ter uma parte cercada de mar, é uma área de marinha também. Segundo o Ministério Público, a Ilha do Amor não tem registro no cartório de imóveis, por isso não pode ser vendida. “Há uma transcrição da sessão de direitos hereditários muito antiga. A pessoa que comprar, a verdade é que estará fazendo um péssimo negócio. Esse é um bem fora do comércio, que não pode ser transacionado”, declara o promotor de Justiça Paulo Trece.Se a ilha for privatizada, outro setor também pode ter prejuízos. Vindo de Camocim, a travessia pela Ilha do Amor é um dos acessos mais perto a roteiros como Tatajuba e Jericoacoara. Segundo os guias, diminui a viagem em pelo menos 50 km. Por isso, quem trabalha com turismo nesta região está preocupado. Em Tatajuba, os proprietários de pousadas e restaurantes já temem a diminuição do movimento. “Acho que isso não é possível de acontecer”, crê Manoel Pedro, proprietário de pousada.
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Imagens de Ivanésio Silva, com Reportagem e texto de Tereza TavaresPostado por Tadeu Nogueira às 07:12h
