ATO EM SOBRAL FICA APENAS NA CONVERSA
Essa história é igual ao caviar do sambista Zeca Pagodinho. Ninguém nunca viu, nem comeu, só ouviu falar. Primeiro veio a matéria na revista Veja. No dia 27 de setembro, que publicou o texto The United States of Sobral, no qual associa o estilo de vida sobralense, com o dos Estados Unidos, ou o famoso american way of life, para os mais chegados. Depois, veio a segunda notícia, rapidamente espalhada também. No sábado, 03 de outubro, no Beco do Cotovelo, tradicional ponto de encontro da cidade, os sobralenses, revoltados, queimariam exemplares da revista.
O protesto contaria com a presença de autoridades políticas, inclusive os irmãos Ciro e Cid Gomes. A informação chegou aos blogs, mas havia um problema: de quem partiu a organização da manifestação? Ligo para o prefeito de Sobral, Leônidas Cristino (PSB). Ele responde rápido: ``Não houve nada. Foi só conversa. Não teve nada disso``. Recorro a alguns moradores da cidade. ``Teve, sim``, escuto do primeiro. ``Eu não fui, mas teve``.
Daí, ele me passa o telefone de duas pessoas que ``com certeza`` estiveram lá. O primeiro logo desmentiu. ``Eu nem em Sobral estou, mas na cidade todo mundo tava sabendo``. Indicou-me o nome de outra pessoa. ``Esse foi mesmo``. Mas a história continuou sem confirmação. ``Eu fui lá, mas só tinha um homem falando contra a revista, se teve a queima foi depois que eu fui embora``.
Fonte: O Povo, com reportagem de Tiago Coutinho
Lá vou eu: A reação contra a matéria da Veja foi mais fraca do que caldo de "bila", era melhor nem terem começado isso, além do mais, quem supostamente foi o alvo da matéria não abriu nem a boca para protestar. Eis um traque que foi vendido como "rasga lata", isso sim. Isso deu espaço para um segundo ataque da Veja, podem esperar.
Postado por Tadeu Nogueira às 18:06h
