
As paisagens litorâneas do Ceará têm ganhado novos componentes nos últimos tempos: altas torres brancas com enormes hélices, que captam a força dos ventos para geração de energia. Considerada uma das formas mais limpas de se produzir energia elétrica em vigor no mundo, a energia eólica, porém, tem sido questionada no Estado, onde ações do Ministério Público Federal têm denunciado diversos problemas socioambientais causados na instalação dos parques eólicos. Entre os problemas estão a devastação de dunas, o aterramento de lagoas, interferências em aquíferos, a destruição de casas e conflitos com comunidades de pescadores."Apresentam o projeto como se fosse ser feito numa praia deserta, mas não, há pessoas que vivem nesses lugares a vida toda e que agora sofrem uma interferência violentíssima", disse o promotor Paulo Henrique de Freitas Trece, de Camocim (cidade localizada a 370 km de Fortaleza). "Fora isso, estamos perdendo todas as nossas dunas. É uma situação dramática."
Para o promotor de Camocim, é necessário que agora as promotorias e o Ministério Público Federal se antecipem para cobrar todos os estudos de impacto necessários antes que as novas obras se instalem. "Em Camocim, já estão lá as torres de 110 metros de altura, instaladas e funcionando, toda a intervenção equivocada nas dunas já foi feita, casas de pescadores já foram destruídas, tudo isso é fato consumado e dificilmente a Justiça vai fazer algo. Para as outras, vamos fazer o possível para tentar impedir que os mesmos prejuízos aconteçam", disse Trece.
Leia a matéria completa AQUI Postado por Tadeu Nogueira às 09:20h