sábado, 19 de dezembro de 2009

A MUDANÇA

Não tem coisa mais triste do que a véspera de uma mudança. Nesse caso falo da mudança de casa, aquela que você leva do penico à parabólica. Quando a mudança é de rico, o esforço máximo exigido é o de assinar um cheque, passar o cartão ou contar as cédulas para pagar a empresa. Mas quando a mudança é de pobre, pense num nó de porco. A primeira briga surge entre o casal, com a esposa tentando convencer o indivíduo do marido que se apresse em arrumar um meio de transporte para agilizar a coisa. Daí o "caba" enrola, enrola e nada. Se o sujeito for do tipo cabo eleitoral, a primeira pessoa que ele procura é o vereador em quem ele e uma "ruma" de gente da família dele vota. Nesse caso, se o vereador for da situação, é moleza, agiliza rapidinho alguém que conseguiu alugar um carro através de um pedido dele e pronto, a mudança está mais garantida que faca em forró de beira de estrada.
Mas se o vereador for da oposição, pense num parto com o menino atravessado no bucho. Isso porque, estando completamente liso devido a última contenda eleitoral e sem apoio da prefeitura, o vereador tem duas opções: Atender o eleitor com lágrimas nos olhos e liso feito o cão ou apelar feio para a famosa frase "Se tu souber que fui contar minha história pro carroceiro e até a burra dele chorou". Conseguido o transporte, de um jeito ou de outro, a segunda etapa é escolher a hora da mudança, essa fase é importantíssima.
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Postado por Tadeu Nogueira às 10:48h