VÍTIMA DO TEMPO
(Jonas Pessoa do Nascimento)
Cabeça baixa, olhos semifechados,
A andar nu debaixo da noite escura,
O tempo me alargando na cintura,
Expandindo meu corpo para os lados.
Sem nem poder escorar-se no tempo
Que se vai escorregando entre as gaiolas,
Coado na lona das padiolas,
Onde deitam homens em sofrimento.
Tudo porque, nos tempos de soldado,
Passei noites sem dormir, acordado,
Na guarda de zero às seis da manhã.
Não transei com a Fransquinha que servia
De “Maria Batalhão” quando ia
Ao quartel se vender, formosa cunhã.
Cabeça baixa, olhos semifechados,
A andar nu debaixo da noite escura,
O tempo me alargando na cintura,
Expandindo meu corpo para os lados.
Sem nem poder escorar-se no tempo
Que se vai escorregando entre as gaiolas,
Coado na lona das padiolas,
Onde deitam homens em sofrimento.
Tudo porque, nos tempos de soldado,
Passei noites sem dormir, acordado,
Na guarda de zero às seis da manhã.
Não transei com a Fransquinha que servia
De “Maria Batalhão” quando ia
Ao quartel se vender, formosa cunhã.
Condensado do Livro "O Grito", do escritor camocinense Jonas Pessoa do Nascimento. Para adquirir o livro clique AQUI
Postado por Tadeu Nogueira às 11:09h
