A AMBULÂNCIA SEGUIA COM UMA PACIENTE QUANDO SEU ACOMPANHANTE
NOTOU A SITUAÇÃO E AGIU
Na noite da última terça-feira (23), por volta das 23:00h, uma das ambulâncias da Prefeitura de Camocim foi retida num posto de gasolina, na cidade de Granja, quando seguia com uma paciente para a Santa Casa de Sobral. Segundo relatos de familiares da paciente, o motorista estava visivelmente bêbado, seguindo desde o início em forma "ziguezague" na estrada, tendo sido "acordado" pelo acompanhante da paciente em determinado trecho entre Camocim-Granja, o que evitou uma colisão frontal com um caminhão que vinha no sentido contrário. Ao notar as condições do motorista, o irmão da paciente, um escrivão aposentado da polícia civil, mandou que ele parasse o veículo em Granja, em seguida deu voz de prisão baseado na Lei Seca.
Ao entrar em contato com o Hospital Murilo Aguiar, de onde sua irmã tinha sido transferida, relatou o fato e ouviu da atendente que essa situação é "corriqueira" com relação às ambulâncias do município que transportam pacientes.
Um segundo contato foi feito, dessa vez com a Secretaria de Saúde de Camocim, órgão responsável pela liberação do "motorista" e ambulância. Após contar o que aconteceu, foi providenciado o envio de outra ambulância, dessa vez com dois motoristas, um para seguir viagem com a paciente e o outro para retornar com veículo e o motorista acusado de estar embriagado. O irmão da paciente está providenciando uma representação relatando toda essa situação considerada por ele absurda e revoltante, mas que pelo jeito faz parte do dia a dia da cidade.
Essa não é a primeira vez que surgem relatos sobre a situação etílica de motoristas que tem a missão de transportar em segurança vidas que estão sob risco iminente de morte. Seria irônico, mas não errôneo afirmar que esse "defeito" parece ser requisito para se tornar motorista de ambulância em Camocim. Ainda segundo relatos de familiares da paciente, a ambulância levou cerca de 45 minutos até chegar ao Hospital Murilo Aguiar, somando-se a isso mais 45 até que houvesse a troca de viaturas depois do ocorrido em Granja. E se a paciente não tivesse resistido? Com a palavra, a Secretaria de Saúde.
Postado por Tadeu Nogueira às 06:17h
