PRIMEIRO DE MAIO
(Carlos Augusto P. dos Santos)
(Carlos Augusto P. dos Santos)
Nascida como uma data de luta dos trabalhadores, hoje, a efeméride encerra novos significados e é apropriada por diversos setores do mundo do trabalho e da política. Abaixo um pequeno trecho de nossa tese de doutorado em que avalia a data para os trabalhadores camocinenses.
Na história do movimento de organização das categorias profissionais em Camocim, já se enfocou a presença da militância comunista na cidade, que, sem dúvida, irá contribuir com uma tradição de lutas que traz em seu bojo uma tentativa de se construir uma cultura operária, embora, como seria de esperar, com fortes doses de ideologização. Para tanto, os comunistas procuram um calendário de ações comemorativas relativas a determinadas datas, fatos e nomes do seu ideário.
Portanto, nas associações e sindicatos onde havia alguma presença de comunistas, ou “socialistas”, como já se viu, a lembrança de se enviar um telegrama ao Senador Luís Carlos Prestes, ou se comemorar o Primeiro de Maio, é uma lembrança recorrente que, dependendo do contexto político, é comemorado com maior ou menor entusiasmo. Nos momentos de repressão, expressar sua simpatia ao líder poderia render dissabores. O sindicalista Sotero Lopes, por exemplo, foi fortemente espancado pela polícia por promover foguetório e pichações de muros com dizeres referentes ao aniversário de 50 anos de Prestes.
Diferentemente, no período da redemocratização, o contexto era outro. O Primeiro de Maio de 1946 foi especial, visto a experimentação de legalidade do Partido Comunista. O jornal “O Democrata”, órgão de orientação comunista no Estado do Ceará, passa a circular procurando recuperar um imaginário da militância comunista, noticiando fatos ocorridos durante o período de repressão, notadamente os acontecimentos de 1935-36. Continue lendo AQUI.
Na história do movimento de organização das categorias profissionais em Camocim, já se enfocou a presença da militância comunista na cidade, que, sem dúvida, irá contribuir com uma tradição de lutas que traz em seu bojo uma tentativa de se construir uma cultura operária, embora, como seria de esperar, com fortes doses de ideologização. Para tanto, os comunistas procuram um calendário de ações comemorativas relativas a determinadas datas, fatos e nomes do seu ideário.
Portanto, nas associações e sindicatos onde havia alguma presença de comunistas, ou “socialistas”, como já se viu, a lembrança de se enviar um telegrama ao Senador Luís Carlos Prestes, ou se comemorar o Primeiro de Maio, é uma lembrança recorrente que, dependendo do contexto político, é comemorado com maior ou menor entusiasmo. Nos momentos de repressão, expressar sua simpatia ao líder poderia render dissabores. O sindicalista Sotero Lopes, por exemplo, foi fortemente espancado pela polícia por promover foguetório e pichações de muros com dizeres referentes ao aniversário de 50 anos de Prestes.
Diferentemente, no período da redemocratização, o contexto era outro. O Primeiro de Maio de 1946 foi especial, visto a experimentação de legalidade do Partido Comunista. O jornal “O Democrata”, órgão de orientação comunista no Estado do Ceará, passa a circular procurando recuperar um imaginário da militância comunista, noticiando fatos ocorridos durante o período de repressão, notadamente os acontecimentos de 1935-36. Continue lendo AQUI.
Texto de Carlos Augusto P. dos Santos
(Graduado em Estudos Sociais pela Universidade Estadual Vale do Acaraú (1990), mestre em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2000) e Doutor em História pela Universidade Federal de Pernambuco (2008).
Lá vou eu: Como é que eu vou? Fiquei foi tonto aqui com tanta universidade e títulos. Conhecendo Carlos Augusto como conheço, tenho certeza que de tudo que ele conseguiu até hoje, o que tem mais valor na sua vida, além da família, é o orgulho de ser camocinense.
Postado por Tadeu Nogueira às 11:02h