(Carlos Augusto P. dos Santos)
Não sei se é pela aproximação da Copa do Mundo, mas, é que veio de repente na lembrança uma história, diria melhor, fato histórico que nunca saiu da minha cabeça. Quando adolescente meu pai vivia me surrando porque dava umas escapadas (depois de fazer as tarefas domésticas e da escola) de casa e ia jogar num campinho de terra dentro das dependências do terreno da Estrada de Ferro. No entanto, no domingo, invariavelmente, estava ele a levar-me na garupa da bicicleta rumo ao Estádio Fernando Trévia ou aos campos da periferia de Camocim. Mamãe nunca entendeu esta ambigüidade de papai. Não queria que o filho jogasse, mas o levava a ver os duelos do esporte bretão (como se dizia antigamente). Nem eu. No entanto, era muito divertido ver meu pai se esgolear bravejando contra os adversários. Normalmente eram coisas do tipo:- Mata esse fie duã égua que a gente enterra no cemitério! Para quem não conhece Camocim o cemitério fica do outro lado da rua do estádio.
A lembrança, no entanto a que me referi acima tratava-se da presença de uma mulher no estádio por volta do final dos anos 1970. Não, não era uma torcedora. Aliás, eram poucas as mulheres que tinham coragem de freqüentar um estádio naqueles tempos. Era a intrépida e pioneira Marlene. Sua função: jogadora de futebol. Posição: meio-campista. Na semana que antecedeu o jogo não se falava outra coisa – um jogo de futebol com a presença de uma jogadora e pior, ou melhor; jogando entre os homens. Era quase inacreditável, mas a propaganda dos carros de som anunciavam a craque Marlene, diretamente de Sobral, pertencente a um time do subúrbio da Princesa do Norte.
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Postado por Tadeu Nogueira às 09:22h