quarta-feira, 23 de junho de 2010

A ARTE DA GUERRA

A ausência do próprio Marcos Cals ao anúncio do seu nome já é bem uma demonstração do seu constrangimento. O deputado estadual Marcos Cals, inegavelmente, é um dos bons quadros da política cearense, mas não está preparado para disputar o cargo de governador do Ceará, até por culpa do seu próprio partido, o PSDB, que não sonhou com este momento, acomodado que estava na sustentação do atual Governo, apesar de uma ou outra dissidência. Quem conhece Marcos Cals tem ideia do sofrimento que ele experimenta, neste momento. Amigo, inteligente, perspicaz, e acima de tudo ético no mundo aético da política, sabe que ele não tem discurso para pedir votos contra o governador a que serviu desde o primeiro momento de sua instalação, em janeiro de 2007 até abril deste ano, quando saiu para atender à legislação eleitoral, por ser candidato à reeleição, fazendo elogios ao governador. Ninguém o fará contestar o atual Governo, nos palanques, no rádio e na televisão. E que apelo terá para convencer o eleitor que poderá fazer melhor se nunca esboçou reação a qualquer das políticas que foram experimentadas ao longo dos anos, mesmo que equivocadamente. Ao contrário, se não as elogiou, manteve o silêncio do consentimento. Todas as manifestações foram em defesa da candidatura de Tasso Jereissati. O nome de Marcos Cals só foi citado por Tasso e, segundo alguns, para aliviar as pressões contra ele próprio, visto que o anúncio do nome do candidato não estava definido para ser ontem. Fonte: DN
Lá vou eu: Tasso rompeu de mentirinha com Cid, abrindo assim espaço para que ele acertasse de vez com o PT. Para a tal briga parecer verdade, foi lançado um candidato "café com leite" contra Cid. Assim, Tasso e Eunício receberão votos do PSDB e do próprio PSB para o Senado. O PSB fecharia de vez com o PT, apoiando de fachada o nome de Pimentel para Senador. Se todos no partido querem Tasso, por que Tasso não aceitou? Por que aí a coisa seria de verdade. Se foi isso ou quase isso, Tasso mais uma vez prova ser um exímio estrategista. Isso é política. Emendando: Paulo Oliveira acaba de afirmar em seu programa de rádio, que não aceitou ser candidato a vice de Marcos Cals. A decisão surgiu, entre outras coisas, a pedido de seus familiares. No meu entender ele fez mais do que certo. Paulo já é grande no que faz e pode ser maior ainda. O mundo da política não tem nada a ver com quem faz imprensa. É óleo e água.
Postado por Tadeu Nogueira às 07:05h