O setor de controle, avaliação, regulação e auditoria (CARA) da Secretaria de Saúde de Camocim é um verdadeiro barril de pólvora, pronto para explodir a qualquer momento. Centenas de pessoas, em sua maioria de baixa renda, chegam ainda de madrugada ao local, no intuito de conseguir marcar um exame ou até mais de um, que vão desde raio-x, ultrassom, passando pelo de sangue, até os mais complexos. Como se não bastasse a exposição ao sol, chuva e ao perigo do trânsito, as pessoas não são informadas com precisão sobre o critério das senhas e quais os dias desse ou daquele exame. Essa torre de babel se agrava quando, após horas na fila, o cidadão é informado, ao chegar na atendente, que aquele não era o dia de marcação do exame que ele precisa, sendo necessário seu retorno em outro dia, em outra fila. Essa tensão já tem gerado várias confusões e até tentativas de agressão às servidoras que marcam os exames. A quantidade de pessoas é totalmente desproporcional ao número de atendentes. Apenas duas delas ficam à mercê da intolerância que é gerada a partir da falta de organização da Secretaria de Saúde, que simplesmente ignora a demanda e não aumenta o número de servidores. A Guarda Municipal já foi acionada várias vezes para proteger os funcionários, que além de poucos, são mal remunerados. Há casos de funcionários que estão praticamente se transferindo do CARA para o CAPS, mas não a serviço e sim para tratamento. Se algo não for feito, em breve teremos uma notícia policial vindo de um órgão que cuida da vida. Que a Secretária e fato ou de direito tome providências para melhorar a vida das duas partes: Usuário e funcionário. Postado por Tadeu Nogueira às 09:50h
Fotos: Tadeu Nogueira (às 07:30h de hoje)
