(Adísia Sá)
Eu sempre soube que sujeira não é sinônimo de pobreza. Ao longo de minha vida tenho convivido com pessoas pobres, algumas até em estado de miséria, mas mantendo suas moradias e suas vestes limpas, cheirosas, como são aquelas lavadas com água e sabão.
E na minha família aprendi a manter asseio corporal e jamais sujar o chão e a rede de dormir, a despeito das “danações” de criança levada. Sentar à mesa para as refeições seguia um ritual assistido de perto pelos meus pais: cabelos penteados e mãos limpas.Noutras palavras: gosto da limpeza e com ela convivo, até hoje. E tinha medo, como ainda hoje, da escuridão. Limpeza e claridade são do meu agrado.
Andando por Fortaleza, do Centro à periferia, sofro com o seu estado de abandono: sem varrição, coleta de lixo, fiscalização das calçadas e calçamentos invadidos e apropriados por vendedores de frutas e roupas, inclusive com manequins no meio fio, camelôs, pregadores de “evangelhos” e entregadores de folhetos com ofertas de “distribuidoras de sorte no amor” e venda de terrenos.
Fortaleza está uma cidade suja, mal cheirosa, de tanto lixo acumulado em toda extensão de suas ruas e calçamentos.
Em compensação nunca a nossa capital esteve tão iluminada, como agora. Calçadas, calçamentos e praças dos subúrbios ao Centro, estão tomados de postes com iluminarias de vários tamanhos, acesas, brilhantemente acesas. Paradoxo: tanta luz iluminando nossa cidade não cuidada. Isto nos entristece porque mais visível fica a sujeira de Fortaleza.
Sujeira só, não: buraqueira também. Andar-se pelas calçadas e alamedas é perigoso: a qualquer instante pode-se pisar em falso e sofrer fratura nos pés, nas pernas, nos braços. No corpo inteiro. Ainda bem que o Instituto Dr. José Frota é de primeiro mundo: quem entra todo quebrado, sai inteiro – benza a Deus...
A Professora e Jornalista Adísia Sá escreve semanalmente no Jornal O Povo
Postado por Tadeu Nogueira às 10:17h
E na minha família aprendi a manter asseio corporal e jamais sujar o chão e a rede de dormir, a despeito das “danações” de criança levada. Sentar à mesa para as refeições seguia um ritual assistido de perto pelos meus pais: cabelos penteados e mãos limpas.Noutras palavras: gosto da limpeza e com ela convivo, até hoje. E tinha medo, como ainda hoje, da escuridão. Limpeza e claridade são do meu agrado.
Andando por Fortaleza, do Centro à periferia, sofro com o seu estado de abandono: sem varrição, coleta de lixo, fiscalização das calçadas e calçamentos invadidos e apropriados por vendedores de frutas e roupas, inclusive com manequins no meio fio, camelôs, pregadores de “evangelhos” e entregadores de folhetos com ofertas de “distribuidoras de sorte no amor” e venda de terrenos.
Fortaleza está uma cidade suja, mal cheirosa, de tanto lixo acumulado em toda extensão de suas ruas e calçamentos.
Em compensação nunca a nossa capital esteve tão iluminada, como agora. Calçadas, calçamentos e praças dos subúrbios ao Centro, estão tomados de postes com iluminarias de vários tamanhos, acesas, brilhantemente acesas. Paradoxo: tanta luz iluminando nossa cidade não cuidada. Isto nos entristece porque mais visível fica a sujeira de Fortaleza.
Sujeira só, não: buraqueira também. Andar-se pelas calçadas e alamedas é perigoso: a qualquer instante pode-se pisar em falso e sofrer fratura nos pés, nas pernas, nos braços. No corpo inteiro. Ainda bem que o Instituto Dr. José Frota é de primeiro mundo: quem entra todo quebrado, sai inteiro – benza a Deus...
A Professora e Jornalista Adísia Sá escreve semanalmente no Jornal O Povo
Postado por Tadeu Nogueira às 10:17h