A existência da Cearamor - fundada há 27 anos - pode estar com os dias contados. O Ministério Público Estadual (MPE), que acompanha inquérito policial que apura suposto envolvimento da facção da torcida do Ceará com tráfico de drogas, porte de armas e de munição, admite possibilidade de pedir a extinção da organizada, caso as denúncias que pesam sobre ela sejam provadas. “Depois de terminado o inquérito policial, ficando comprovado que existem atos ilegais dentro da torcida Cearamor, vamos instaurar um inquérito público civil (com tempo indeterminado de conclusão) que poderá culminar com uma ação civil pública (a ser julgada pela Justiça Estadual) pedindo o fechamento da torcida organizada”, destacou o promotor de Justiça Rinaldo Janja, que ontem de manhã acompanhou o depoimento do presidente da Cearamor, Jeysivan Santos, ao delegado Aurélio Araújo (foto), titular do 34° DP, que está à frente do caso. Com 30 minutos de atraso, Jeysivan chegou à delegacia acompanhado de seus advogados. Antes de ser inquirido, o presidente da organizada reafirmou não saber a procedência da droga encontrada na sede da Cearamor, no último sábado. “A polícia sempre faz revista na sede antes dos jogos fora do Estado e nunca encontrou nada lá”, argumentou. Na saída da delegacia, Jeysivan preferiu o silêncio diante dos questionamentos de repórteres e deixou o local sozinho, em seu carro.
Postado por Tadeu Nogueira às 09:45h
Com informações do O Povo Online
Foto: Bruno Gomes
Foto: Bruno Gomes