(Tharcila Martins)
Todas as noites, desde que começou o horário eleitoral “gratuito”, eu tenho uma ocupação em frente da TV. Alguém aí pensou que era conhecer as propostas dos candidatos? Então errou. Fico ali, parada, pensando o que leva uma pessoa a se expor de tal maneira. Confesso que até tento saber de alguma proposta, mas são outras coisas que me chamam atenção.
Gosto mesmo é de ver a diversidade cultural e a capacidade de interpretação dos nossos candidatos. São categorias diferentes, mas cada uma tem sua peculiaridade. Os que mais simpatizo são aqueles tímidos. Deles só temos contato com a foto e uma voz nada empolgante que diz: Professora Geraldinha, número 11.334.
Não gosto muito dos fanáticos. Aqueles que chegam gritando: “Só Jesus pode salvar seu voto, vote em mim; Irmão Isaias, número 40.223”. Mas, me divirto mesmo é com os sinceros. Eles chegam na cara dura e dizem: “Você sabe o que faz um deputado? Nem eu. Vote em mim que eu te conto; Seu amigo Manelzinho, número 11.123”.
Esses acima são da categoria mais empobrecida. Temos aqueles mais ricos, que já estão no segundo mandato. Esses gravam na rua e abraçados com crianças. Vixe, têm aqueles que nunca andaram de moto e se tacam num mototáxi só para aparecer.
Sem falar no Photoshop. O que tem de candidato beirando os 60 com cara de 30. Outro dia estava passando de carro e vi uma candidata. Eu olhava para ela e olhava para o adesivo que estavam me dando, e não acreditava ser a mesma pessoa. A chapinha não existia, a maquiagem derreteu no sol, e os dentes??? nem se fala. É muita marmota.
E assim vai se formando um elenco de verdadeiros atores políticos, literalmente. Eu, que estarei fora do meu domicílio eleitoral, fico até mais tranquilizada em não ter que escolher o próximo ator do Zorra Total. Por outro lado, como cidadã, fico me perguntando: até quando o Brasil selecionará peças para um grande programa de humor? E você, meu amigo camocinense, já escolheu a tal combinação de números que vai levar às urnas?
Boa sorte, queridos!
Artigo enviado pela Jornalista Tharcila Martins
Gosto mesmo é de ver a diversidade cultural e a capacidade de interpretação dos nossos candidatos. São categorias diferentes, mas cada uma tem sua peculiaridade. Os que mais simpatizo são aqueles tímidos. Deles só temos contato com a foto e uma voz nada empolgante que diz: Professora Geraldinha, número 11.334.
Não gosto muito dos fanáticos. Aqueles que chegam gritando: “Só Jesus pode salvar seu voto, vote em mim; Irmão Isaias, número 40.223”. Mas, me divirto mesmo é com os sinceros. Eles chegam na cara dura e dizem: “Você sabe o que faz um deputado? Nem eu. Vote em mim que eu te conto; Seu amigo Manelzinho, número 11.123”.
Esses acima são da categoria mais empobrecida. Temos aqueles mais ricos, que já estão no segundo mandato. Esses gravam na rua e abraçados com crianças. Vixe, têm aqueles que nunca andaram de moto e se tacam num mototáxi só para aparecer.
Sem falar no Photoshop. O que tem de candidato beirando os 60 com cara de 30. Outro dia estava passando de carro e vi uma candidata. Eu olhava para ela e olhava para o adesivo que estavam me dando, e não acreditava ser a mesma pessoa. A chapinha não existia, a maquiagem derreteu no sol, e os dentes??? nem se fala. É muita marmota.
E assim vai se formando um elenco de verdadeiros atores políticos, literalmente. Eu, que estarei fora do meu domicílio eleitoral, fico até mais tranquilizada em não ter que escolher o próximo ator do Zorra Total. Por outro lado, como cidadã, fico me perguntando: até quando o Brasil selecionará peças para um grande programa de humor? E você, meu amigo camocinense, já escolheu a tal combinação de números que vai levar às urnas?
Boa sorte, queridos!
Artigo enviado pela Jornalista Tharcila Martins
Os nomes e números dos candidatos são fictícios