A rebelião no Presídio São Luís, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, na capital do Maranhão, iniciada às 9h de segunda-feira, terminou por volta de 13h desta terça-feira. Foram 18 mortos nos dois presídios e todos os reféns e armas foram liberados. Os presos renderam na segunda-feira o agente penitenciário durante uma revista, tomaram sua arma e iniciaram a rebelião. Baleado na perna e na coluna cervical, o funcionário foi liberado por volta das 11h30 de segunda-feira e encaminhado ao hospital. Seu estado de saúde é estável. Os presos foram assassinados por seus próprios companheiros, sendo que três deles foram decapitados. Nesta terça-feira, por volta das 9h30 (8h30 local), foi iniciado um outro motim, onde foi registrado um tiroteio. Mas, às 10h, o motim já havia sido controlado em uma das alas. Um erro macabro ocorrido no início da tarde pelo Instituto Médico Legal (IML) do Maranhão aumentou ainda mais o sofrimento de famílias que tiveram parentes mortos na rebelião do presídio de São Luís. Duas vítimas degoladas tiveram as cabeças reimplantadas em corpos de outra pessoa. Isso aconteceu com o detento Resizângelo Santos Silva. A cabeça foi implantada no membro de um outro preso que também foi degolado. Ontem, a família percebeu a falha no momento do reconhecimento do corpo. Depois de toda essa tragédia, o governo anunciou a realização de concurso público para a área de segurança do estado, que abrirá vagas para agentes penitenciários, policiais civis e militares. Outra medida anunciada foi a transferência de presos do interior do estado, que, segundo as primeiras informações, teria sido um dos motivos para o início da movimentação que resultou na carnificina de detentos do interior e da capital.
Lá vou eu: Todos esse problemas já existiam, mas nunca tiveram a devida atenção do governo, foi preciso 18 defuntos pra isso. Eu imagino é a cena desse povo costurando cabeças em corpos trocados. Grotesco isso.
Postado por Tadeu Nogueira às 05:58h
Com informações do O Imparcial