(Neudson Carvalho)
Como já era de se esperar, a Secretaria de Educação de Camocim, no final do ano de 2010, mais uma fez faz festa com abono (o “mel”) e depois, no início de 2011, começa a festa das remoções (o fel) dos profissionais da educação. Ou seja, primeiro dá o “mel”, depois, o fel. A comparação do abono ao mel é meramente ilustrativa, pois sabemos que esse mel é amargo, porque não é salário e promove a desvalorização profissional. Há muito tempo o Sindicato APEOC vem combatendo essa prática medonha, pois entendemos que atitudes como essa só prejudicam a qualidade da educação, visto que, educação de qualidade só se estabelece com a valorização dos seus profissionais, mediante, entre outros, o pagamento de salários dignos.
Por outro lado, as transferências têm sido uma prática nefasta da Secretaria de Educação de Camocim, que apavora, ano a ano, inúmeros servidores e, em especial, após o período eleitoral. Não podemos aceitar tantas remoções de servidores sem uma comunicação prévia e sem uma justificativa plausível sob o pretexto de que são para "melhorar” o sistema educacional.
Ora, a qualidade da educação passa pelo respeito aos seus funcionários, portanto, a Secretaria de Educação deveria rever essa postura autoritária e perceber que tirar o servidor dessa maneira, desmotiva o profissional e, consequentemente interfere numa melhor atuação do mesmo em seu novo ambiente de trabalho. Mas, infelizmente não é o que acontece, pois a Secretaria, a seu bel prazer, utiliza de meios injustificáveis para remover servidores a trabalharem em escolas distantes de suas residências sem nem querer ouvi-los. Além do mais, muitos desses trabalhadores não têm transporte para se locomover e muito menos condições físicas para percorrer longa distância - sem falar que dentre eles, alguns já têm idade avançada.
Se o “mel” e o fel oferecidos aos servidores tem passado despercebido pela população, os seus resultados com certeza surgirão, mais dia, menos dia - através de baixos índices de aprendizagem e evasão, enfim, é uma simples questão de causa e efeito. Muitos alunos no final do ano letivo não conseguem nem sequer lembrar do nome da professora que o ensinou, porque não dá tempo de criar vínculo afetivo e social - importantíssimos no processo ensino-aprendizagem. Afinal, o mestre que há pouco chegou na escola, daqui a pouco sairá sem qualquer explicação. Sem dúvida, no final das contas, só quem perde é a população - essa mesma que vê, ouve e sabe o que está por trás dessas ações, mas não se importa. Mesmo sabendo que seus filhos irão encontrar no início do ano letivo, profissionais insatisfeitos, revoltados, tristes, desmotivados, magoados e desprestigiados, preferem agir como se nada estivesse acontecendo. Ou, o que é pior, apoiando a medida que penaliza aqueles que são "do outro lado".
O Sindicato APEOC enxerga perfeitamente que mais uma vez nos deparamos com um típico lance do velho jogo politiqueiro local, onde "quem comigo não ajunta, eu espalho". E vai continuar combatendo de todas as formas possíveis qualquer atitude opressora e antidemocrática deste e de qualquer outro governo que aqui se estabeleça e queira tratar os servidores públicos da educação com se fossem brinquedos.
A educação de Camocim e seus servidores merecem e exigem respeito!
Artigo enviado pelo Prof. Neudson Carvalho (Sindicato APEOC Camocim)
Por outro lado, as transferências têm sido uma prática nefasta da Secretaria de Educação de Camocim, que apavora, ano a ano, inúmeros servidores e, em especial, após o período eleitoral. Não podemos aceitar tantas remoções de servidores sem uma comunicação prévia e sem uma justificativa plausível sob o pretexto de que são para "melhorar” o sistema educacional.
Ora, a qualidade da educação passa pelo respeito aos seus funcionários, portanto, a Secretaria de Educação deveria rever essa postura autoritária e perceber que tirar o servidor dessa maneira, desmotiva o profissional e, consequentemente interfere numa melhor atuação do mesmo em seu novo ambiente de trabalho. Mas, infelizmente não é o que acontece, pois a Secretaria, a seu bel prazer, utiliza de meios injustificáveis para remover servidores a trabalharem em escolas distantes de suas residências sem nem querer ouvi-los. Além do mais, muitos desses trabalhadores não têm transporte para se locomover e muito menos condições físicas para percorrer longa distância - sem falar que dentre eles, alguns já têm idade avançada.
Se o “mel” e o fel oferecidos aos servidores tem passado despercebido pela população, os seus resultados com certeza surgirão, mais dia, menos dia - através de baixos índices de aprendizagem e evasão, enfim, é uma simples questão de causa e efeito. Muitos alunos no final do ano letivo não conseguem nem sequer lembrar do nome da professora que o ensinou, porque não dá tempo de criar vínculo afetivo e social - importantíssimos no processo ensino-aprendizagem. Afinal, o mestre que há pouco chegou na escola, daqui a pouco sairá sem qualquer explicação. Sem dúvida, no final das contas, só quem perde é a população - essa mesma que vê, ouve e sabe o que está por trás dessas ações, mas não se importa. Mesmo sabendo que seus filhos irão encontrar no início do ano letivo, profissionais insatisfeitos, revoltados, tristes, desmotivados, magoados e desprestigiados, preferem agir como se nada estivesse acontecendo. Ou, o que é pior, apoiando a medida que penaliza aqueles que são "do outro lado".
O Sindicato APEOC enxerga perfeitamente que mais uma vez nos deparamos com um típico lance do velho jogo politiqueiro local, onde "quem comigo não ajunta, eu espalho". E vai continuar combatendo de todas as formas possíveis qualquer atitude opressora e antidemocrática deste e de qualquer outro governo que aqui se estabeleça e queira tratar os servidores públicos da educação com se fossem brinquedos.
A educação de Camocim e seus servidores merecem e exigem respeito!
Artigo enviado pelo Prof. Neudson Carvalho (Sindicato APEOC Camocim)