O atraso da Banda Muído, de quase 11 horas, na Praia de Bitupitá, na terça-feira de carnaval deste ano, tem dado o que falar. Mas não é, e nem deve ser pra menos. Se a cada atraso, seja em carnaval, ou outro evento qualquer, o público botasse a boca no tromobne e ainda acionasse os responsáveis na justiça, era já já que essa esculhambação acabava. Quatro dias depois de matéria publicada no blog (AQUI), falando a respeito do assunto, além da repercussão em outros blogs e durante o Programa Grande Jornal, da Fm Pinto Martins, em Camocim, um representante da banda, acompanhado da Secretária de Cultura e do controlador do município (só o cargo já mostra que a coisa tem controle), esteve no estúdio da citada rádio, no início da tarde de segunda-feira (14), com o intuito puro e simples de eximir o Prefeito Ademar Veras de toda e qualquer culpa pelo atraso, atribuindo o ocorrido ao estado de saúde de uma das vocalistas da banda, que há 15 dias atrás teria feito uma cirurgia de lipoaspiração. Segundo esse representante da banda, a vocalista Simone (foto) teria passado mal durante dois shows, um em Parnaíba e outro em Luís Correia, o que teria acarretado o atraso em Bitupitá. O que ele não soube responder é porque essa situação não foi repassada ao público quando foram tentar explicar o atraso da banda. Para tentar compensar e ficar de bem com o prefeito, ficou prometido um show gratuito para o público de Barroquinha, possivelmente durante a semana do município, comemorada no mês de maio. Como não poderia deixar de ser, o radialista Zezinho Silva, aproveitando a presença de representantes dos contratados e contratantes do evento, perguntou o valor que foi pago pelo carnaval de Barroquinha e, em particular, o da Banda Forró do Muído.
A essa pergunta o radialista escutou, do representante da banda, uma desculpa esfarrapada baseada no gelatinosa versão de que ele só cuida da parte de produção e não da contratação. Segundo informações obtidas pelo blog, essa versão é vazia, pois essa pessoa é que representa a empresa contratada durante as licitações que só Deus sabe como e onde são feitas. O radialista então esperou essa informação sair da boca da Secretária de Cultura, que lá estava, e do Controlador do Município, que calado estava, calado ficou, e segundo o blog soube, até mudou de cor. Ou seja, a autonomia dele em controlar talvez se resuma a direção de um veículo, isso quando está dirigindo, de resto, é como acontece de praxe, ele não controla é rolha nenhuma. Outro detalhe que atentei e que fiquei meio cabreiro: O representante da banda disse que a vocalista tinha se submetido a uma cirurgia há cerca de 15 dias atrás, e que ela estava em atividade por conta de liberação médica. Sendo leigo no assunto, mas ainda com juízo para entender certas coisas, penso que até seja possível um médico liberar uma paciente, após 15 dias de uma lipo, mas talvez ele faça isso com uma paciente que tenha uma vida comum, e não com uma uma vocalista de banda famosa que, em pleno carnaval, teria que subir em trio, descer de trio, subir em palco, descer de palco, viajar por estradas esburacadas, dançar e cantar ao mesmo tempo, e tudo isso num espaço de 5 dias.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:13h