Manter uma conta-corrente em qualquer banco nunca custou barato. Até quem lida com altos valores e necessita desse serviço para suas transações comerciais, sempre reclama. Agora você imagine manter tal serviço por pura imposição do banco, tendo que se sujeitar ao pagamento da taxa simplesmente porque o órgão pagador escolheu, a seu bel prazer, o banco pagador de seus funcionários. Em Camocim isso acontece e nunca deixou de ser motivo para reclamação dos servidores, mais precisamente os da Prefeitura, que têm que engolir a situação, sob risco de não ter onde receber seu pagamento. O banco escolhido pela prefeitura foi o Banco do Brasil, que por sua vez, não possui o serviço de conta-salário, o que força o servidor a ter que manter uma conta-corrente, pagando por isso preços que variam de R$ 9,00 a R$ 16,00 todos os meses. E caso o valor não dê pra cobrir a taxa no dia, eles cobram mesmo assim, deixando o saldo no vermelho, gerando juros. Isso foi motivo de reclamação nesta terça-feira (12) por parte do Presidente do Sindicato Apeoc/Camocim, Antonio Júnior, que no quadro semanal da instituição, "Educação em Debate", transmitido dentro do Programa Grande Jornal, na Pinto Martins FM, lamentou a situação, afirmando que, em muitos casos, o servidor da educação, que trabalha só um turno, ganhando meio salário, acaba sendo obrigado a pagar uma taxa que compromete sua renda, só para manter a tal conta-corrente. Por outro lado, ele lembrou que desde o primeiro dia de março de 2011, os bancos podem, incluindo o Banco do Brasil, oferecer uma conta sem tarifas, que funcionaria como uma espécie de conta-salário. Acontece que parece que isso não é obrigatório, tanto que, em contato com a Agência de Camocim, tivemos a informação de que esse serviço não está disponível. A situação piora ainda mais para os contratados, que muitas vezes passam até 5 meses desempregados, e quando são readmitidos, logo no primeiro salário, o banco recolhe a taxa acumulada referente aos meses parados, de uma só "lapada", com juros pra tirar do "ramo".
Fica aqui a pergunta: Quando a prefeitura fechou contrato com o Banco do Brasil, por que não levou em conta uma opção que não onerasse o servidor na hora de sacar seu salário? Como consolo para quem continua pagando algo que praticamente nem utiliza, fica a informação do Presidente da Apeoc, relembrando que a partir de 2012, cada funcionário vai poder escolher o banco que oferecer o melhor serviço, sem taxas absurdas, que fazem falta no já apertado orçamento doméstico.
Postado por Tadeu Nogueira às 14:02h