EM 2011, A DATA EM NADA MUDOU A ROTINA DA CIDADE
Teve início nesta quarta-feira (01), a pesca da lagosta para 2011. De acordo com dados da Secretaria da Pesca, os proprietários ou armadores dessas embarcações receberam autorização de seis meses para a captura da lagosta. Atualmente, o Ceará conta com 1.972 licenças para a pesca da lagosta. Em Camocim, o número de barcos de grande porte que partiram foi insignificante. A maioria é composta de embarcações de pequeno porte. A cena de um porto vazio, sem nenhum barco partindo contrasta com a década de 80, quando o momento tinha porte de grande evento para o município, com direito à lotação em toda a extensão da beira-mar, banda de música, autoridades e convidados ilustres presentes nas docas. Com o fim do ciclo da lagosta, o que se vê hoje, são pequenos armadores se aventurando no "escuro", reféns da incerteza de uma atividade que agoniza a cada dia. Convidado pelo governo estadual para sugerir a grade curricular de uma Escola de Pesca Profissionalizante a ser implantada em Camocim, o presidente do Sindicato dos Armadores de Pesca do Ceará e Piauí, o Camocinense José Maria Veras, (foto) afirmou que a lagosta cearense não tem mais a qualidade de antigamente. "Falta tecnologia e mão-de-obra qualificada", diz ele. O anúncio da Escola de Pesca junta-se a outro, o da criação de uma Escola Internacional de Turismo na cidade. Enquanto isso, na prática, a pesca em Camocim continua sendo comandada por atravessadores de luxo, que compram a produção, a um preço quase simbólico, de pescadores artesanais que já saem para o mar "empenhados", para depois venderem a peso de ouro em outros estados e até para o exterior. Postado por Tadeu Nogueira às 11:02h
Com informações da Secretaria da Pesca / DN
Foto: Vando Arcanjo