Atualmente, os pescadores da região de Camocim - que inclui Tatajuba, Guriú, Praia de Maceió, Barrinha, Umburanas e Praia do Xavier - ficam vinculados a atravessadores do pescado que ficam com a maior parte dos lucros da venda dos insumos do mar.
Quando o barco chega de uma pescaria de semanas, um caminhão do comprador já está aguardando para receber toneladas do pescado e levar a um local particular para fazer o beneficiamento. A maior parte do que é pescado em Camocim é embarcado para mercados consumidores de fora do País. Ermenegildo de Souza, de 42 anos, há 20 se dedica a pesca no Município de Camocim. "Acabo de chegar de 23 dias de mar e vou tirar R$ 400,00 para levar para casa, isso é muito pouco para sustentar minha família". Pai de seis filhos, Ermenegildo, conta com serviços extras quando está em terra para complementar o orçamento familiar. "Corto cabelo e minha esposa sabe fazer unha e depilação. Quando estou em terra continuo trabalhando para reforçar o salário e poder pagar as contas".
A reportagem do Diário do Nordeste tentou entrar no Terminal Pesqueiro de Camocim, mas não foi autorizada pela vigilância que estava no local. O Ministério da Pesca e Aquicultura, em Brasília, por meio do secretário de Infraestrutura e fomento, Antônio Carlos Conquista, informou que em agosto o terminal deve estar funcionando.
"Estamos nos regularizando junto ao órgão ambiental estadual. Exigências foram feitas e estamos trabalhando para realizar uma audiência pública em breve e logo depois colocar o equipamento em funcionamento", informou Conquista.
Lá vou eu: A repórter do DN, Yana Ribeiro, que fez essa matéria, não foi autorizada a entrar no terminal, mas aqui levanto a suspeita do motivo: O blog recebeu recentemente a informação sobre uma possível retirada de parte dos equipamentos do prédio, além disso, outros estariam já comprometidos devido à maresia e falta de uso. Ou seja, além da lista do "já teve", Camocim também tem outra, a do "tem, mas não tem".
Postado por Tadeu Nogueira às 06:12h
Com informações do DN