O texto a seguir faz parte da Série "Mapas", do Blog Camocim Pote de Histórias, do Historiador Camocinense, Carlos Augusto Pereira dos Santos:
Publicada em 1946 pelo Departamento de Hidrografia e Navegação da Marinha, do Brasil essa carta náutica do Porto de Camocim, provavelmente, foi a usada pelo Comandante do Navio Aratanha (da Companhia de Navegação Costeira), Heitor Theberg e do prático J. Lopes Filho, no episódio que colocou por terra a "lenda" de que navios de médio e grandes calados não entrariam no Porto de Camocim. Com 13 e meio pés de calado, 96m de cumprimento, navegando a 16 pés de profundidade e 4.000 toneladas de peso o "Aratanha", acabou por revelar, segundo os jornais da época, um conluio entre a empresa inglesa de alvarengagem Booth Line e um prático local de nome Marinho, que desde 1935 alardeavam a impraticabilidade do porto. Resalte-se, no entanto, nesse período, a conivência das autoridades que não faziam força para dragar o porto, cuja omissão reforçava a tese da empresa inglesa e do prático.
Publicada em 1946 pelo Departamento de Hidrografia e Navegação da Marinha, do Brasil essa carta náutica do Porto de Camocim, provavelmente, foi a usada pelo Comandante do Navio Aratanha (da Companhia de Navegação Costeira), Heitor Theberg e do prático J. Lopes Filho, no episódio que colocou por terra a "lenda" de que navios de médio e grandes calados não entrariam no Porto de Camocim. Com 13 e meio pés de calado, 96m de cumprimento, navegando a 16 pés de profundidade e 4.000 toneladas de peso o "Aratanha", acabou por revelar, segundo os jornais da época, um conluio entre a empresa inglesa de alvarengagem Booth Line e um prático local de nome Marinho, que desde 1935 alardeavam a impraticabilidade do porto. Resalte-se, no entanto, nesse período, a conivência das autoridades que não faziam força para dragar o porto, cuja omissão reforçava a tese da empresa inglesa e do prático.
Embora que a Booth Line tenha sido a responsável para que as atividades do porto não parassem totalmente, o encarecimento dos produtos aqui comercializados fizeram com que o movimento do porto diminuísse bastante, posto que os navios ficavam fora da barra, sendo feito o serviço de embarque e desembarque pelos batelões da empresa inglesa, que com isso, faturava duplamente com este serviço. Segundo uma autoridade atual da Marinha em navegação, mesmo com a afirmação do comandandte á época ter afirmado que a Barra de Camocim "pode dar entrada nas marés de lua a navios de 13 e meio pés de calado, como aconteceu com o Aratanha sem oferecer o menor perigo", (O Democrata, Nº977, p.1 e 2. Fortaleza, 09/02/1950) a manobra referida deve ter sido realizada no limite e com perícia, por alguém com profundo conhecimento da local.
Postado por Tadeu Nogueira às 11:04h
Com informações do Departamento de Hidrografia e Navegação da Marinha do Brasil