COM O QUE FOI OFERECIDO À POPULAÇÃO
Os R$ 22 milhões prometidos (empenhados) pelo Ministério do Turismo para a organização de festas juninas e julinas no país tiveram como destino mais de 130 cidades espalhadas por 16 estados. Estes recursos, como mostrou o Congresso em Foco, foram direcionados do orçamento federal por iniciativa de 66 congressistas e ex-congressistas, por meio das chamadas emendas parlamentares. Os estados da Paraíba, do Ceará e da Bahia foram os mais agraciados com esse tipo de recurso. A lista pode aumentar com a aprovação dos últimos convênios. Camocim faz parte da relação de cidades beneficiadas com parte dessa dinheirama. Para um tal de V Junino Cultural, realizado nos dias 09 e 10 de julho, a Prefeitura recebeu R$ 200 mil. Em contrapartida foi oferecido ao povo de Camocim as seguintes atrações: Swing do Paredão (de Granja), Banda Sarypa, Xé Pop e Forró do Muído. Sendo que as 3 últimas formam o pacote da A3, que desgraçadamente não deve ter chegado a R$ 60 mil, sem falar que a Banda Muído não ficou nem 90 minutos no palco, pois tinha pressa em chegar a Jijoca, onde também seria a atração do Festival de Quadrilhas de lá. A Banda Sarypa, essa nem mesmo quem era do ramo conhecia a atração.
A segunda verba, de R$ 200 mil, foi para a realização do XXIII Festival de Quadrilhas de Camocim, ocorrido nos dias 22, 23 e 25 de julho (dia 24 só teve uma banda local, e isso após o show promovido pelo governo do estado). Nesse evento, a Prefeitura contratou as seguintes bandas: Forró Sakana, Forró de Ouro, Maurício Jorge e Banda, Forró Pawlera (banda local) e Banda Magníficos. Dessas atrações, talvez a única que cobre dois dígitos pra fazer um show seja a Magníficos, chegando ao máximo, sem "marmota" nenhuma pelo meio, de R$ 45 mil reais. Ou seja, onde foi mesmo que enfiaram R$ 400 mil reais em praticamente 5 dias de eventos, anunciados uma semana antes, de forma amadora, sem divulgação nenhuma na imprensa, e somente com duas atrações que cobram acima de 15 e abaixo de 50 mil? Com a palavra, quem recebeu o dinheiro.
Postado por Tadeu Nogueira às 07:43h
Com informações do Congresso em Foco