Na noite desta segunda-feira (22), durante a inauguração da Escola de Ensino Profissional, Monsenhor Expedito da Silveira de Sousa, ficou mais uma vez clara a falta de identidade de parte do povo de Camocim. Observando e anotando tudo que era dito, pude constatar, de novo, essa triste realidade em meio ao discurso da sobrinha do homenageado, Monsenhor Expedito. Sem entender muito o que estava acontecendo na plateia, depois das reações de "torcidas" da situação e oposição em relação aos discursos anteriores, ela acabou demonstrando até uma certa tensão. Foi aí que veio o "algo a mais", fato que me fez escrever essa matéria. Cumprimentando as autoridades presentes, ela ouviu aplausos por parte dos seguidores do Prefeito de Camocim, Chico Vaulino (PP), quando este foi citado por ela, e também aplausos, dessa vez por parte dos correligionários do Deputado Estadual, Sérgio Aguiar (PSB), também quando o citou no discurso. Aí veio o diagnóstico da falta de identidade: Após citar os dois, ela fez questão de cumprimentar o povo de Camocim. Nesse momento a resposta foi um silêncio quase sepulcral. O Povo ignorou a si mesmo. Ou seja, nem mesmo ele se reconhece mais. O negócio é tão grave que, a certa altura, após um nome ter sido citado, determinada torcida comentou entre si, antes de decidir aplaudir ou vaiar: "Esse é nosso ou deles?".
Postado por Tadeu Nogueira às 12:04h