Durante muito tempo e ainda hoje, o Livro "Camocim Centenário" de Tobis de Melo Monteiro foi e ainda é uma referência para a história do Município de Camocim. O Blog Camocim Pote de Histórias, do Historiador Carlos Augusto P. dos Santos, publicou uma resenha do livro há algum tempo para uma publicação conjunta com alunos do Curso de História da UVA, que será lançada em breve. Segue abaixo o texto:
Uma data centenária é sempre um momento de comemoração. Não foi diferente em Camocim. O mês de setembro do ano de 1979 foi marcado por muitas festas, inaugurações de obras, promessas de outras. A cidade foi cantada em prosa e verso. No íntimo, talvez o administrador da época procurasse a todo custo fazer com que os munícipes esquecessem a trágica partida do trem e, com ele a desativação do ramal ferroviário Camocim-Sobral, ocorrida dois anos antes. A nostalgia dos apitos matutinos e vespertinos do bólido de ferro, a sair e a chegar do seu itinerário secular, contudo, parecia estar presente na memória do povo que ainda vivia a expectativa de sua volta, sempre alimentada pelos políticos locais. Camocim, portanto, vivia a realidade da desativação não só da ferrovia, mas também do porto que dava intensos sinais de declínio. A conjugação desses espaços de trabalho, desde o final do século XIX, sustentava a economia local e de toda a região norte do Estado do Ceará e estados vizinhos.
Dentre os eventos do centenário, trago à luz para análise o livro Camocim Centenário. 1879-1979, do jornalista camocinense Tóbis de Melo Monteiro, que de certa forma, contextualiza esse baque sofrido no cotidiano da cidade – o esvaziamento econômico provocado pela desativação do porto e da ferrovia. Neste sentido, o autor além de lamentar essa conjuntura, indica várias ações propositivas para o soerguimento econômico do município. Conclama os comerciantes a serem mais agressivos em suas áreas de atuação, cita exemplos a serem seguidos, elenca as potencialidades industriais, visualiza futuro na exploração de minerais e petróleo para a revitalização do porto.
Lá vou eu: Como diz Carlos Augusto, até hoje esse livro serve de referência para admiradores da cidade e estudantes. Já não era hora de lançarem um novo livro, com dados atualizados e nas versões impressa e digital? Qual a dificuldade? Continue lendo a matéria AQUI.
Postado por Tadeu Nogueira às 11:02h