Apesar dos protestos e contestações, a greve dos professores da rede estadual de educação foi suspensa na tarde de ontem (07). A decisão de retornar às aulas a partir da próxima segunda-feira, entretanto, está rodeada de questionamentos. Uma parte significativa de professores que participaram da assembleia geral e votou pela manutenção da paralisação acusou o Sindicato dos Professores do Estado do Ceará (Apeoc) - que tem proximidade com o PT -, de ter dado “golpe” na interpretação do resultado da votação. Isso porque a quantidade de professores que ergueram seus crachás para manifestar voto a favor da suspensão da greve foi semelhante à quantidade de professores que se manifestaram a favor da continuidade da paralisação. Como não houve contagem unitária, ficou valendo a interpretação do assessor do sindicato Apeoc, Roque Melo, que conduziu o processo de votação – com respaldo do presidente do sindicato, Anízio Melo.
O anúncio do resultado gerou revolta em uma parte de professores, que se amontoaram em frente à mesa que conduziu a assembleia para chamar o sindicato de “pelego”. “Deram um golpe na gente, porque a avaliação foi muito rápida. Foi tudo muito rápido”, disse o professor Pedro Monteiro. “Era para ter sido feita uma reavaliação ou uma contagem dos votos um a um. Houve uma forçação de barra nesse resultado”, comentou o professor George Bezerra. Anízio Melo, entretanto, considerou que a condução da votação ocorreu em normalidade e que houve uma “nítida” diferença entre a quantidade de professores contrários e favoráveis à suspensão da greve. Segundo ele, ficou claro que a maioria dos professores optou por suspender a greve.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:04h
Com informações do Jornal O Povo