O SOM É VISTO, ESCUTADO PELAS
AUTORIDADES, MAS SÓ BAIXA SE O CIDADÃO
VIRAR "COMBATENTE"
Em Camocim, criou-se uma história, nascida não sei de onde, de que som alto só acontece no Lago Seco, nas madrugadas dos finais de semana. Isso é mentira. Som alto, sempre, e sem parar, continua existindo quase todas as noites na beira-mar da cidade. É uma esculhambação sem fim. O cidadão que estiver pensando em curtir sossegado com sua família nesse local, pode ir tirando o jumento da chuva, pois não há lei que reduza o volume dos aloprados de plantão, que por alguma deficiência, provavelmente ligada ao cérebro, procuram compensar mostrando que seu "sonzão" é o melhor, é o tal. E quem quiser que isso seja combatido tem que se expor à Polícia, ligando e dizendo seu nome, modelo do carro e até a cor (só falta ter que revelar o chassi), como se fosse uma obrigação do cidadão e não das autoridades de segurança (militar, civil e guarda), combater algo que é visível e audível a toda e qualquer pessoa que transita pela beira-mar. Não há combate, não há prevenção e não existe fiscalização.
Dos 3, o combate só acontece quando o cidadão liga, expondo-se ao ridículo de ter que apontar o "jegue" que não sabe ouvir som baixo. Daí ele baixa quando a polícia chega ao local e aumenta quando ela sai, e se bobear, ainda fica rindo de quem denunciou, em tom de ameaça. Ou seja, o que até então seria um descumprimento de lei em relação ao volume do som, pode desaguar em crime de ameaça ou algo ainda mais grave. Ao expor o cidadão, é como se o sistema quisesse inibir a denúncia. Eu duvido de que sejam criadas e afixadas placas avisando que é proibido som de carro na beira-mar de Camocim, por exemplo. Isso, junto à prevenção, combate e fiscalização poderia amenizar os tímpanos da população. E ainda tem gente que diz que som alto é só no lago seco. Só se for mesmo.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:34h