Os semáforos foram instalados em fevereiro de 2011, o recapeamento asfáltico de poucas ruas e o asfaltamento de cerca de 500 metros apenas, de duas outras, ocorreu em outubro e a pintura da sinalização horizontal, em novembro. Agora junte tudo isso ao fato de os semáforos terem sido colocados, de forma equivocada, no início dessa via crucis. Desligados desde então, eles vem confundindo quem é acostumado a transitar por cidades que já utilizam o sistema há "séculos". Com isso, ao se depararem com eles desligados, o entendimento é de que pode seguir em frente sem olhar para os lados, ou seja, oficialmente, isso de parar em "coxia", não existe em lugar nenhum. Pelo menos nos locais que resolveram adotar a sinalização prevista em lei. E o que isso vem gerando em Camocim? Acidentes e mais acidentes envolvendo veículos que cruzam, na certeza de que, quem vem de lá, vai parar para esperar sua passagem. Neste domingo à tarde, mais uma pessoa foi vitimada pelo "samba de crioulo doido" em que se transformou o centro da cidade. Dessa vez, uma moto, que circulava pela Rua Alcindo Rocha, foi colhida no meio por um veículo Palio que trafegava pela Rua 24 de Maio.
Antes dos semáforos, quem estava na 24 de Maio, tinha que parar na "coxia", aguardando quem cruzava na outra rua, mas com os semáforos, quem tem CNH, pelo menos legítima, sabe que a passagem é livre, estando o semáforo verde ou apagado. "Coxia" sempre foi um costume local, uma sinalização imaginária, nada há de legal. Como não há aviso algum de "pare", quem tem costume de dirigir em cidade sinalizada, passa direto, o que vem causando acidentes todo "santo dia". Isso sem falar que ainda não disseram o que vão fazer para que carroças, bicicletas e vacas obedeçam aos semáforos quando, e se um dia, eles forem ligados. Enfim, quem estiver pensando em usar o centro como via, é melhor pensar, e olhar duas vezes, a cada metro. O negócio está sem lei.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:12h
Foto: Tadeu Nogueira
