Um laboratório de Tatuí, a 140 quilômetros de São Paulo, desenvolveu uma linha de cremes de beleza à base do veneno de abelhas produtoras de mel. O produto, aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e lançado comercialmente, faz a pele reagir ao veneno aumentando a produção de colágeno e melhorando a elasticidade. De acordo com o pesquisador e apicultor Ciro Protta, sócio proprietário do laboratório, o princípio ativo do cosmético, que também contém pólen e mel, é a melitina, um aminoácido presente no veneno da abelha. A substância "engana" a pele, transmitindo a sensação de uma picada de abelha e desencadeando uma reação ao veneno. A circulação sanguínea melhora e as células mortas da pele são eliminadas, reduzindo as rugas.
Protta pesquisa as abelhas há mais de vinte anos e já desenvolveu outros produtos à base de mel, própolis e veneno, lançados comercialmente. A obtenção do veneno sempre foi um problema: quando uma abelha ataca uma pessoa, ela perde o ferrão e acaba morrendo. O pesquisador criou e patenteou um equipamento que permite a coleta do veneno sem matar as abelhas. Trata-se de uma haste metálica levemente energizada e colocada na entrada da colmeia. Quando a abelha pousa, leva um pequeno choque e reage com ferroadas, expelindo o veneno que escorre para um recipiente. Como não perde o ferrão, a abelha sai ilesa.
Postado por Tadeu Nogueira às 07:25h
Com informações da Veja/Agência Estado