terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

MINISTÉRIO DA SAÚDE QUER IMPLANTAR CENTRO PARA DEPENDENTES QUÍMICOS EM CAMOCIM

O Ceará ganhará dez Centros de Atenção Psicossocial de Álcool e Outras Drogas 24 horas (Caps AD III). Esta é a proposta inicial do Ministério da Saúde divulgada, na manhã de ontem, em reunião com membros da Secretária de Saúde do Estado (Sesa) e representantes de diversos municípios. Existem no Ceará, hoje, 17 Caps AD, seis deles em Fortaleza, e outros 11 no interior do Estado. A proposta do Ministério da Saúde é transformar parte deles em Caps AD III, com funcionamento 24 horas, inclusive durante os fins de semana e feriados. A visita dos técnicos do Ministério da Saúde visa conhecer a realidade dos centros, verificar em cada o interesse no processo de qualificação e as possibilidades de adequação ao novo formato. A proposta de implantação dos Caps AD III atenderá, de início, os municípios de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú, Limoeiro do Norte, Quixeramobim, Sobral, Camocim, Iguatu e Juazeiro do Norte. No entanto, diversos são os entraves para a viabilização dos centros, conforme apontaram membros de saúde presentes na reunião. De acordo com o médico psiquiatra Weimar Gomes, a realidade enfrentada pelos municípios está muito aquém do necessário para um projeto desse porte, que precisa trabalhar de forma articulada com as unidades básicas de saúde. "A proposta é boa, mas a nossa realidade é precária" diz. Para Karine Lima, coordenadora de Saúde Mental de Maracanaú, o Ministério da Saúde precisa realizar um acompanhamento mais próximo, que possibilite uma avaliação dos atendimentos como forma de pressionar a gestão municipal, que ainda não prioriza a saúde mental. 
Outro ponto apontado durante o encontro foi o incentivo financeiro repassado pelo Ministério para a implantação dos Caps AD III, que é de R$ 150 mil para cada nova unidade, e R$ 75 mil para os adaptados. Conforme a coordenadora de Políticas e Atenção à Saúde da Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, Vera Coelho, os valores são considerados insuficientes para a realidade atual, precisando o Estado agir como co-financiador, investindo assim nas políticas de saúde mental. Giselle Sodré, técnica do Ministério, admite que a tarefa não será fácil, mas que entrar em contato com a problemática de cada município é importante no sentido de conhecer as carências e trabalhar dentro das possibilidades existentes. 
Lá vou eu: A iniciativa é louvável, mas a inviabilidade começa com o incentivo financeiro. Pelo amor de Deus. 
Postado por Tadeu Nogueira às 10:19h
Com informações do DN