Antigamente, era fácil prever que as dúvidas e perguntas das crianças seriam solucionadas pelos próprios pais ou pessoas próximas a elas. Mas as novas tecnologias mudaram esse tipo de comportamento, já que uma pesquisa britânica da Birmingham Science City mostrou que 54% dos pequenos de 6 a 15 anos de idade consultaram primeiro o Google antes de seus pais ou professores. De acordo com o Daily Mail, o estudo entrevistou 500 crianças de 6 a 15 anos, e só 19% dos entrevistados afirmaram ter usado um dicionário impresso uma vez na vida. As enciclopédias vieram em último lugar no relatório, quando um quarto das crianças admitiu que nunca viu e nem sabia o que é uma. Questionados sobre o que seria uma enciclopédia, os pequenos soltaram palpites como um meio de transporte para viajar e uma ferramenta usada em operações.
Também foram entrevistados alguns professores, que não se saíram nada bem no estudo. Apenas 3% das crianças com idade entre 6 e 14 anos disseram que procurariam respostas com um professor, e só um quarto delas tiraria dúvidas com seus pais antes de acessarem o Google.
O estudo destacou a importância que a tecnologia passou a ter nessa nova geração. Para a doutora Pam Waddell, diretora do Birmingham Science City, "as crianças agora crescem em um ambiente onde a tecnologia digital é aceita como padrão, portanto, não é surpreendente que os jovens escolham obter respostas pelo Google, com apenas um toque, ao invés de se consultarem com amigos, pais ou professores". Waddell, no entanto, acredita que isso não seja necessariamente uma coisa ruim, pois só mostra como os mecanismos tecnológicos dessa geração se tornaram comuns para as crianças, e como elas se sentem confortáveis diante deles.
Lá vou eu: Isso pode causar um certo distanciamento entre pais e filhos, já que tradicionalmente, pai e mãe sempre foram as fontes de conhecimento para os filhos. Acontece que muitos pais fazem um "rodeio doido" quando as perguntas são, principalmente, sobre sexo e drogas. O Sr. Google não. Esse responde na "lata", sem meios termos. Ou seja, o resultado do estudo serve de certa forma para que pais e professores evoluam nesse sentido, sob risco de ficarem 'invisíveis" de vez aos olhos de filhos e alunos. Essa matéria deveria ser utilizada para discussão nas escolas. O tema é bastante pertinente. Fica a dica.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:02h
Com informações do Olhar Digital
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