O Ronda do Quarteirão teve início em 21 de novembro de 2007 e é o Principal Programa da área de Segurança Pública do Ceará. Ele pode ser definido como uma nova estratégia de policiamento. Nele, os esforços estão concentrados na filosofia de Polícia Comunitária, que consiste em uma tentativa de criar uma polícia técnica mais próxima da sociedade, fazendo dos agentes de segurança pública, agentes transformadores da pacificação social. No nosso entender, um dos vetores para que seu sucesso seja possível depende da interação com a sociedade. E essa interação com a grande massa, no caso, com os 62 mil habitantes de Camocim, só pode ser possível através da velha e conhecida imprensa. Para isso, em uma iniciativa louvável, demonstrando consciência social, o Radialista Autran Santos destinou um espaço de cerca de 20 minutos, durante o Programa Grande Jornal, apresentado por ele e Zezinho Silva, de segunda a sexta, sempre ao meio dia, na 98,7 Pinto Martins FM, dedicado, exclusivamente, aos informes do Ronda do Quarteirão, que vai das ocorrências durante a semana, até novidades operacionais e informações sobre o PROERD, programa se combate às drogas que teve sua responsabilidade depositada no Ronda, após vários anos a cargo da Polícia Militar.
Esse espaço existe há quase 1 ano, quase o tempo de existência do Ronda na cidade. Acontece que, segundo Autran Santos, durante um desabafo no programa de ontem, há quase 1 mês que ninguém do Ronda é encontrado por ele para preencher e usar os 20 minutos, deixando assim a população alheia quanto às atividades do RONDA na cidade. Ainda segundo o radialista, já existe o pensamento de sua parte, de tirar o quadro do ar, pois outras instituições querem se manifestar e não encontram brecha na programação. O prejuízo é maior, se levarmos em conta que uma imensa fatia desse povo não tem acesso à internet, ou seja, são privadas de informações sobre como anda funcionando a tal polícia comunitária.
Fica aqui o protesto do blog, em solidariedade a um parceiro de imprensa que teve a ideia de levar a polícia mais perto da população, em um ato que representa o ápice da transparência entre segurança pública e as pessoas que fazem com que ela exista. Ignorar essa imprensa, é ignorar o povo.
Postado por Tadeu Nogueira às 09:26h