POLICIAIS DE SOBRAL E
CAMOCIM ESTÃO NA LISTA
CAMOCIM ESTÃO NA LISTA
Cinquenta e três policiais militares foram indiciados em Inquérito Policial Militar (IPM) acusados de terem cometidos diversos crimes durante o movimento da categoria que terminou em greve entre o fim de 2011 e o começo deste ano, com vários episódios de violência na Capital. Entre o indiciados estão aqueles que lideraram a greve em Fortaleza, o que resultou na invasão de um quartel e na retenção de praticamente todas as viaturas operacionais do Ronda do Quarteirão e do Policiamento Ostensivo Geral, deixando a Grande Fortaleza completamente sem segurança durante dias. O indiciamento no IPM pode levar à sanções graves, como expulsão dos quadros da Corporação. São acusados de terem liderado o movimento grevista em Fortaleza e Região Metropolitana, e terem praticados crimes militares, o capitão Wagner Sousa Gomes, sargento Francisco Liberato Soares, cabo Flávio Alves Sabino, soldado Pedro Queiroz da Silva, e a soldado Ana Paula Brandão da Silva. Wagner, Sabino e Queiroz são dirigentes de associações que reúne os PMs.
Os indiciados na Zona Norte do estado, incluindo militares de Camocim, são os seguintes: sargento Josué do Nascimento de Oliveira, sargento Augusto César Fonteles, sargento Amaury Ferreira do Nascimento, cabo Henrique Flávio Araújo Ponte, soldado Ailton Marcos Fontenele Vieira, soldado Tancredo Augusto Almeida Brito, soldado Francisco Alex Carlos Paiva, soldado Maurício Oliveira do Vale Carneiro, cabo Elmar Marques Albuquerque, cabo Henrique Albano da Silva, soldados Antônio Virgílio Peixoto, Lício Silva Cunha e Guilherme Oliveira de Sousa. Os autos do IPM seguem agora para o Ministério Publico. O passo seguinte vai ser uma verdadeira guerra jurídica, entre advogados da corporação e dos sindicatos e associações dos policiais. Todos os indiciados lutaram por uma causa que consideram justa, mas que a corporação considera ilegal. O que se espera é que tudo seja feito com o máximo de direito de defesa para os indiciados, e que ao final, a justiça seja feita em sua plenitude, como deve ser em qualquer caso. Já a população, que não tem nada a ver com tudo isso, anda temerosa com a possibilidade de uma nova greve, alardeada recentemente pelo capitão Wagner. E isso pode ocorrer facilmente, pois basta olharmos para Brasília, onde paga o maior salário da categoria. Lá o caos se estabeleceu há quase 60 dias. E a reivindicação é por aumento de salário. Se lá, onde pagam o maior salário, está desse jeito, imagine no Ceará como é que não vai ficar.
Postado por Tadeu Nogueira às 08:37h
Com informações do DN