Pesquisa do Núcleo de Estudos da Violência da Universidade de São Paulo (USP) mostra que quase metade dos brasileiros concorda com o uso de tortura para obtenção de provas nos tribunais. O levantamento, feito em 2010 e divulgado nesta terça-feira (05), utilizou a frase “os tribunais podem aceitar provas obtidas através de tortura” e obteve discordância de 52,5% dos entrevistados, contra 71,2% em 1999. Para a coordenadora da pesquisa, professora Nancy Cardia, o desapontamento da população com a eficiência da Justiça e das polícias em esclarecer crimes mais graves pode explicar o aumento da aceitação do uso de tortura para obtenção de provas. “Existe uma frustração com o desempenho do nosso sistema de Justiça. A pesquisa aponta que, para a maioria dos entrevistados, a polícia deve “interrogar sem violência”. No entanto, aproximadamente um terço dos pesquisados concorda que a polícia, para obter informações sobre crimes, submeta suspeitos a meios extralegais como: “ameaçar com palavras”, ”bater”, “dar choques ou queimar com ponta de cigarro”, “ameaçar membros da família” e “deixar sem água ou comida”. O uso de algum tipo de violência é mais aceito para suspeitos de delitos como estupro (43,2%), tráfico de drogas (38,8%), sequestro (36,2%), uso de drogas (32,3%) e roubos (32,1%). a estupradores (39,5%). A opção de pena de prisão é mencionada por 32% dos entrevistados para os sequestradores, maridos que matam a mulher (30,5%), jovens que matam (37,2%) e traficantes de drogas (28,8%).
Lá vou eu: A fragilidade das leis, a corrupção e a sensação constante de impunidade, sem dúvida alguma são os principais responsáveis por esse posicionamento de revolta dos brasileiros de bem. Veja mais sobre a pesquisa AQUI.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:12h
Com informações da Agência Brasil