O crime acontece e o suspeito é levado à delegacia. Ou sabe Deus quem é o autor. Até a conclusão do inquérito, será preciso colher depoimentos, requisitar perícias, realizar diligências e atender a uma extensa pauta de investigações para confirmar quem matou, roubou, estuprou...Algo difícil de seguir quando se tem pouca gente à disposição. “Nosso recurso humano é uma imoralidade. O trabalho da gente é comprometido. Não tem mais investigação criminal aqui. E o reflexo disso está nos altos índices de criminalidade”, diz a presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Carreira do Ceará (Sinpoci), Inês Romero. Estatísticas analisadas pelo O Povo indicam o Ceará como o estado brasileiro com a menor proporção entre o número de policiais civis e aglomerados de 100 mil habitantes. São 22,47 por grupo populacional. O total é oito vezes menor que a Unidade da Federação em melhor situação - o Amapá. A cúpula da Polícia Civil admite a deficiência de quadros e qualifica o cenário como “delicado”. Mas defende-se, citando a contratação de 1.480 novos servidores. 740 estão em formação e, segundo o delegado-geral da corporação, Luiz Carlos Dantas, devem ser nomeados até o fim do ano. A outra metade não tem previsão de quando começa a ser capacitada. Quando os 1.480 estiverem na ativa, o Ceará terá 38,82 civis para cada 100 mil habitantes. Se os demais estados continuarem com o efetivo atual, sairemos da lanterna para o quarto pior. “É insuficiente, claro! Mas estamos caminhando em busca de um efetivo que nos possibilite dar a resposta que o povo precisa. Não se pode é resolver tudo da noite para o dia”, rebate Dantas.
Lá vou eu: Quem comemora é a bandidagem. Se bem que eles estão muito ocupados para lerem algo assim. Só hoje, 15 "trabalharam' no assalto ao Banco do Brasil de Morada Nova. A semana começou "produtiva".
Postado por Tadeu Nogueira às 19:08h
Com informações do Jornal O Povo