A noite de sábado (18) foi considerada trabalhosa por parte dos policiais militares que trabalharam na segurança de dois grandes eventos políticos que, como de costume, arrastam multidões. Durante os eventos, alguns elementos componentes de gangues se infiltraram no meio dos cidadãos de bem com o objetivo de ocasionar desordens e atrapalhar as reuniões políticas. É praticamente impossível o policial identificar os vândalos, já que na maioria das vezes eles vestem as cores das coligações, travestindo-se assim de mero eleitor.
Sábado, durante a passeata que vinha na Rua Esperantina, no Bairro Boa Esperança, os policiais da FTA Motos prenderam um homem identificado como Miraci Pereira de Abreu, armado com um facão no meio da multidão. Já no aglomerado de pessoas na Praça da Rodoviária, destino da passeata, os policiais do Ronda prenderam outro elemento, armado também com um facão. Ele foi identificado como sendo Francisco Gerlânio do Nascimento, vulgo “Louro”. Os dois homens foram conduzidos à Delegacia Regional de Polícia Civil, enquadrados e liberados em seguida.
Já em outra grande concentração de pessoas, desta vez na Rua Antonio Zeferino Veras, no Bairro São Francisco, um homem identificado como Antonio Ferreira da Silva Neto, de 30 anos, residente na área, foi atacado por componentes da gangue da “Rodagem do Lago”, sofrendo perfurações na altura do tórax, da face, e região lombar, sendo encaminhado para o hospital Murilo Aguiar e posteriormente para a Santa Casa de Sobral, onde passou por algumas cirurgias e infelizmente veio a falecer por volta das 09:30h da manhã deste domingo (19). A vítima era conhecida como "Toinho" e trabalhava como ajudante de montagem de palco e som nas festas do Dj Gil. Segundo levantamento feito pela PM, os elementos Abraão (à esquerda na foto), Doge (à direita), Auricélio, Zé Mauro, Gaspar, Mael e Fankinha são suspeitos de envolvimento na lesão corporal seguida de morte. A Polícia Militar faz diligências por toda a cidade e já fez a detenção de alguns dos suspeitos que irão ser ouvidos na Delegacia, e caso não surja alguma prova testemunhal que apontem eles como participantes, de forma direta ou indiretamente, serão postos em liberdade. Denúncias poderão se feitas para a PM através do 190, do 3621-2718 ou ainda para a Polícia Civil pelo 3621-6475.
Lá vou eu: Se já fica difícil enfrentar o problema quando é admitido que ele existe, "facidé" quando negam a existência dele. Por outro lado, na realidade vivida por quem sabe que gangues existem, ou seja, o povo, as gangues continuam mantendo a prática dos "encontros" em grandes eventos, seja em micaretas, shows e agora em reuniões políticas. Para eles isso é como ter um minuto no Jornal Nacional. Afinal, rende notícia, audiência, fotos na mídia. Dizem que alguns deles chega à colecionar matérias envolvendo seus nomes. Vai pro "curriculum vitae".
O que as autoridades vão fazer? Mais uma audiência pública para discutir o problema? Fora o fato da lei ser frouxa e toda a dificuldade de identificar gangueiros entre as multidões, o que falta e muito em Camocim, é a bandidagem pensar duas vezes antes de agir. E isso acontece através de ações preventivas de forte impacto antes de eventos desse tipo. Outro dia teve um "rebuliço" na imprensa sobre as gangues antes do carnaval. Rapidamente, na rapidez de um "epa", mandados foram cumpridos, com a polícia prendendo uns 8 ou 10. Daí a cidade respirou aliviada por um bom tempo. Pelo que se ouve na cidade, essas ações criminosas agora têm como autores, alguns desses que foram presos na época. E bem cá entre nós, comparado com os atuais eventos políticos, o coitado do carnaval de Camocim pode ser comparado a uma reunião de condomínio de prédio sem elevador.
Postado por Tadeu Nogueira às 10:02h
Com informações do Blog Camocim Polícia 24hs