Cientistas
britânicos desenvolveram um exame de sangue simples que pode ser mais eficaz e
preciso do que a mamografia no diagnóstico precoce do câncer de mama. A pesquisa mostra ainda que o teste tem potencial
para melhorar o tratamento ao detectar se os pacientes são mais propensos à recaída e a quais drogas o seu tipo específico de tumor irá responder. Primeiro, os pesquisadores recolhem amostras de
sangue de mulheres e comparam o DNA no sangue de mulheres diagnosticadas com
câncer de mama com aquelas que não têm a doença para verificar a presença de
determinados marcadores de DNA. "Esta pesquisa mostra que poderemos, um dia, realizar um
teste de sangue que detecta os sinais iniciais de câncer. Isso significa que as
mulheres podem realizar um teste de sangue anual, em vez de exames da mama.
Isto evitaria preocupação e ansiedade para as mulheres que são chamadas para
mais exames após uma mamografia apenas para descobrir que não têm câncer",
observa Jacqui Shaw, principal investigador da Universidade de Leicester, que
trabalhou em conjunto com o Cancer Research UK e o Imperial College London.
De acordo com Shaw, atualmente não é possível
monitorar pacientes com câncer de mama depois de passarem por cirurgia e
receberem tratamento. O novo exame de sangue poderia mudar esse panorama. "Quando uma mulher tem câncer de mama,
podemos dizer isso pelo DNA no sangue. Mas o que tentamos descobrir é o quão
cedo os sinais de câncer de mama aparecem em um exame de sangue. Então, olhando
para amostras de sangue de mulheres que têm câncer de mama, diagnosticado
através da triagem, podemos ver se o câncer já está aparecendo em seu
sangue", afirma o coautor Charles Coombes. A equipe acredita que, em um futuro próximo, um simples
exame de sangue para câncer de mama, que pode não só detectar câncer, mas
ajudar com opções de tratamento, irá se tornar prática padrão no serviço de
saúde. Ensaios clínicos do
novo exame estão tento início na maior clínica de triagem da mama do Reino
Unido, Charing Cross Hospital, em Londres.
Postado por Tadeu Nogueira às 14:13h
Com informações do ISaúde