quarta-feira, 31 de outubro de 2012

SEM MATADOURO, SEM FISCALIZAÇÃO, CARNE DE MOITA CONTINUA CHEGANDO À MESA DO CAMOCINENSE

ATÉ QUANDO?
BLOG FLAGROU (DE NOVO) 
A FORMA COMO A CARNE CHEGA AO MERCADO 
Em 11 de Agosto de 2011, foi estabelecido um Termo de Ajuste de Conduta entre a Adagri e a Prefeitura de Camocim, onde ficou acertado que a Prefeitura iria deixar o Matadouro de Camocim, inaugurado em julho de 2012 sem nunca ter abatido um "bacurim" desde então, finalmente em condições de funcionamento no prazo de 6 meses. Para isso, a Prefeitura já recebeu do Governo do estado, quase R$ 500 mil reais. Tal termo foi assinado realmente, mas nunca foi cumprido até hoje, 1 ano e 3 meses, pelo Prefeito Chico Vaulino (PP). Com isso, continuava a existência da já conhecida carne de moita em Camocim. A respeito disso, em julho de 2011, em entrevista concedida à TV Diário, o Promotor Hugo Alves disse que iria pedir providências da vigilância sanitária para que agisse em relação ao problema da carne de moita. Já a Vigilância Sanitária, que pertence à Prefeitura Municipal, disse, através de sua coordenadora, na mesma reportagem, que o município não dispõe de um veterinário, o que mostra a que ponto chegou a estrutura de um órgão que, em tese, deveria ter uma grande importância dentro da esfera da saúde pública.    
A verdade é que mesmo após tal reportagem, e de sua repercussão na mídia em todo o estado, a vigilância sanitária nunca agiu, tanto que estamos trazendo nesta quarta-feira (31), fotos tiradas logo pela manhã, mostrando o que todo mundo continua constatando, na cidade, ou seja, cenas de como a carne continua chegando ao mercado, oriunda de matadouros clandestinos, sem nenhuma tipo de higiene, sendo transportada de forma irregular, e levada até o interior do mercado de um jeito que continua manchando a imagem de uma cidade que é chamada de linda em tantos discursos vazios, como forma de empurrar os problemas para debaixo de um gigantesco tapete. 
Desde a reportagem, que você pode conferir AQUI, e mesmo depois de tantas denúncias feitas neste blog (AQUI), (AQUI), (AQUI) e em demais setores da imprensa, que tem a função de denunciar, de informar, nunca foi feita nenhuma inspeção, muito menos uma força tarefa por parte das autoridades, para coibir a carne de moita, desde sua origem, até chegar ao ponto de venda no mercado. Enquanto isso, o povo de Camocim continua exposto ao risco de doenças transmitidas por um produto que já começa banido a partir do seu abate. Agora fica a pergunta, que é a mesma do povo: Se o Termo de Ajuste de Conduta não foi cumprido, e se a Vigilância Sanitária não cumpriu sua obrigação, que rumo deve seguir agora os apelos feitos na imprensa, a partir das reivindicações de quem paga impostos caros para ter de volta, pelo menos, uma carne fiscalizada? Veja mais fotos AQUI.  
Postado por Tadeu Nogueira às 08:32h
Fotos: Camocim Online